As buscas por vítimas do rompimento de uma barragem da mineradora Vale em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, retomaram nesta segunda-feira (28). De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e das polícias civil e militar, já são 60 mortes. Desses 60 mortos, 19 corpos já foram identificados. 292 pessoas continuam desaparecidas.
O coronel Flávio Godinho, porta-voz da Defesa Civil de Minas Gerais, disse que os óbitos confirmados são os que os bombeiros localizam e mandam para o IML e que “outros corpos que não estão nessa conta não estão contabilizados como números oficiais”.
O tenente Pedro Aihara, porta-voz do corpo de bombeiros de Minas Gerais, disse que no momento exato do rompimento, trabalhadores da Vale estavam em um refeitório que pode ter sido arrastado pela lama. Além disso, no sábado, os bombeiros identificaram um local onde seria uma pousada que também foi arrastada pelo impacto da lama. Há uma estimativa de que haviam pelo menos 35 pessoas no local.
Militares israelenses ajudam nas buscas
Desde semana passada, 136 militares de Israel chegaram ao Brasil para ajudar nas buscas em Brumadinho. Eles não têm um tempo definido para trabalhar no resgate, de acordo com o porta-voz dos bombeiros. O coronel que lidera as tropas israelenses, Golan Vach, disse em entrevista coletiva que as tropas usarão sonares para localizar as vítimas capazes de localizar corpos em até 4 metros de profundidade, mas que a prioridade é achar pessoas vivas.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, enfatizou a importância da ajuda dos militares israelenses.
“Eu vejo que com a tecnologia deles nós vamos aumentar e muito as chances de encontrarmos novos sobreviventes e também de estarmos tendo mais agilidade na questão de encontrarmos vítimas, que de certa vai amenizar, e muito, a angústia que as famílias dessas vítimas têm passado”, disse ele.