Eles atestaram segurança a barragem de feijão e estão sendo responsabilizados pela determinação.
Cinco pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (29) apontadas por serem responsáveis da tragédia em Brumadinho (MG). Dois engenheiros da empresa TÜD SÜD foram presos em São Paulo. Outros três funcionários da Vale foram presos em Minas Gerais.
As investigações do Ministério Público apontaram documentos técnicos fraudados, feitos por empresas contratadas pela Vale, onde estavam atestando a segurança da barragem de feijão que se rompeu na última sexta-feira (25). Os nomes dos presos são: André Yassuda e Makoto Namba, presos em São Paulo; César Augusto Paulinho Grandchamp, géologo da Vale que foi preso em Minas Gerais; Ricardo de Oliveira, gerente de Meio Ambiente Corredor Sudeste da Vale, preso em Minas Gerais; e Rodrigo Artur de Melo, gerente executivo do Complexo Paraopeba da Vale, preso também em Minas Gerais. Os mandados de prisão foram expedidos pela comarca de Brumadinho da Justiça Estadual de Minas Gerais e valem por 30 dias.
Vale já tem mais de R$ 11 bilhões bloqueados
Desde o último domingo (27), a justiça já bloqueou R$ 11 bilhões da Vale. A decisão se dá pela garantia de recuperação dos danos causados pelo incidente. Além disso, a mineradora também já recebeu multas que estão em R$ 349 milhões. No dia do rompimento da barragem, na sexta-feira (25), já tinham sido bloqueados R$ 1 bilhão da Vale.
Buscas continuam
De acordo com a Defesa Civil de Minas Gerais, até a noite a última segunda-feira (28) foram constatadas 65 mortes e 279 pessoas desaparecidas. Os bombeiros já estão no 5º dia de trabalho e encontraram mais corpos, que segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz dos Bombeiros, pode ser de vítimas que estava no refeitório da Vale no momento que a barragem desceu. Aihara afirmou em entrevista coletiva que os corpos foram encontrados entre 800 metros e 1.000 metros desse refeitório. Além disso, o porta-voz dos bombeiros também disse que nesse local podem estar grande parte das vítimas.