Jornal Povo

Carnaval, Afoxé e o Candomblé!

       Estamos nos aproximando do carnaval e para os cariocas, esse momento é mais que especial. Afinal de contas, estamos falando do maior espetáculo da terra.

 

     Entre os acontecimentos  carnavalescos, temos diversos blocos e os outros movimentos populares, como os Afoxés.

     O Candomblé de rua, como é conhecido entre os adeptos, leva ao povo, um pouco da cultura negra vinda de Pernambuco, onde foi fundado, na década de 70. 

     O mesmo acabou ganhando reconhecimento nacional através dos Filhos de Ghandi e os cantores Alceu Valença, Caetano Veloso, Djavan, Gilberto Gil e Maria Bethânia, fazendo com que jovens seguidores de religiões de 6matriz africana dessem continuidade nesse legado, como relata o fundador Egbomi Lucas Moura de Ògún.

Data de fundação e fundadores?

Fundamos o Afoxé omo ketu em 30 de maio de 2017 pelas mãos e mentes de Lucas Moura, Marlon Capoeira e Flávio Moura.

Qual o objetivo do Afoxé omo ketu?

Queremos transmitir e preservar a cultura tradicional do candomblé. Sempre baseado na filosofia do Òrìşà, que defende a igualdade, o respeito e a paz entre os seres.

Em que parte da cultura candomblecista o Afoxé se enquadra? 

A reverência a ancestralidade africana e a ideia do cortejo em alusão a festa ocorrida nos barracões. Além da hierarquia existente em uma família de Afoxé.

De que localidade do Rio de Janeiro vocês são? 

Somos de Nilópolis, na Baixada Fluminense. Terra da escola de samba Beija-Flor. 

Onde costumam se apresentar e que tipo de público costuma contratar vocês? 

Não temos um local padrão para nossas apresentações, pois dialogamos com outras manifestações artísticas e culturais como teatro, dança e sambas, assim permeando ações sociais.

Quantos integrantes fixos fazem parte do projeto e seus nomes, por favor?

São vinte pessoas entre fundadores e integrantes. Marcelle Barcelos, Kauã Moura, Vinicius Santos, Anderson Moraes, Alexander Proença,  Yuri Proença, Pablo Fernandes, Vander Menezes, Cayque da Conceição, Daniel Barbosa, Jhonatas Rodrigues, Stephanie Barbosa, Dandara Vitória, Thainá Costa, Greiciane Paulino, Priscilla Alves e Maria Luiza.

Deixe um recado para os amantes de afoxé, carnaval, candomblé e leitores:

União em primeiro lugar. Vivemos em um cenário político social conturbado, onde a cultura negra e, principalmente a religião de matriz africana, vem perdendo cada vez mais seu espaço. Nosso dever é nos unirmos e resistirmos juntos na luta por um futuro melhor e mais justo para todas as classes e segmentos.

Contato Bàbá Joaquim D’Ògún

(21) 96991-4004