Jornal Povo

A força e importância da água para os seres humanos e o Candomblé

Ela é do tamanho que demonstra ser em todos os sentidos possíveis do entendimento.

Foto: Vinicius Sebastião

Que a água é importante para os seres humanos nós aprendemos na escola, mas a força que a mesma possui e a relação dela com a criação da espécie deveria ser melhor explicada.

Quando pensamos em força, associamos isso ao tamanho. Sendo assim, deveríamos ter dimensão do poder da mãe água, pois 70% da terra é composta pelo líquido da vida.

Nosso corpo é dependente de água para que possamos estar de pé. As funções químicas e metabólicas de nosso organismo só funcionam bem quando 65% do mesmo está coberto por esse líquido sagrado.

Não vale lembrar que a mesma causa destruição, pois quem ocupou o espaço designado a natureza, fomos nós. Esse movimento de vaporização, nuvens carregadas e chuva faz parte do ciclo criado por Ọlọ́run (Deus supremo do Candomblé). Nós que deveríamos nos habituar e aprender como lidar em situações adversas.

No Candomblé ela está presente em qualquer situação do culto. Da comida ofertada à um Òrìṣà até a iniciação de uma pessoa no culto de matriz africana.

A água é tão importante para o sagrado que até mesmo as energias dos Deuses africanos precisam dela para que possam dar continuidade no ciclo da vida de seus filhos.

O coração do Òrìṣà (Ọta ou Okúta) se mantém vivo dentro das águas das cachoeiras e nessas águas também são apresentados os noviços (Ìyàwó), em alguns Iles, quando possível.

Assim seguimos nós. Jogando sementes pelo caminho, regando com bastante água para que tudo ganhe vida e possamos colher.

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