Tradição, uma escola de samba popular, da região do campinho, raiz do subúrbio carioca, inova no mundo do samba e quebra paradigmas ao eleger sua rainha de bateria, uma mulher mãe de família, empreendedora, digital influencer, sem as raízes de uma sambista profissional.
“Gira Baiana. Salve as mães do Samba”. A azul e branco de campinho, foi a quarta escola a desfilar na terça de carnaval pela série B. E, com mais de 45 mil pessoas pelas ruas, fez um desfile esplendoroso e desmistificou, quebrando regras, os padrões de uma rainha de bateria. Não foi preciso ver a nudez ou apelação de um corpo torneado e montado por um esteticista. Com seu carisma, simpatia, dando largos sorrisos e saudando seu público, Dani Moraes levantou a galera na arquibancada e nas ruas da Intendente Magalhães.
A plateia viu uma rainha diferente, sem ser expor de uma forma pejorativa, com uma autenticidade própria e auto estima em primeiro lugar, fugindo aos padrões do carnaval carioca, onde muitas pessoas se aproveitam e até “compram” postos para obterem um minuto de fama.
Resultado disto, foi a premiação como melhor rainha de bateria da série B, ganhando o prêmio Pavilhão de Ouro.
Este novo conceito da Tradição, pode ser um marco de uma nova era no samba tradicionalista do Estado do Rio de Janeiro.