Jornal Povo

As jóias sagradas e a religião de matriz africana

Foto: Histórias do Candomblé

O Candomblé possui um cunho natural em sua essência e isso acaba por invadir o nosso dia a dia sem que possamos perceber.

Os minerais ouro, prata e bronze são comercializados e utilizados por nós seres humanos como jóias e adereços de vestuário. Que relação isso pode ter com o sagrado, além do fato natural?

O Candomblé possui suas jóias sagradas e, nelas, também são utilizadas elementos naturais. Essa origem tem feito com que as peças estejam cada vez mais presente no cotidiano das pessoas e o Bàbálorìṣá e Técnico em Radiologia, Gabriel D Oṣọ́ọ̀ṣì, tratou de mostrar algumas diferenças na preparação do material.

Bàbá Gabriel e seu filho José Pedro

– Todos esses elementos são de suma importância para nós candomblecistas de religião afro-brasileira. As substâncias que compõem cada um desses elementos são derivados da natureza criada por Olódùmarè e dada por ele a cada Òrìṣà. Sendo descoberta e lapidada pelo ser humano. Esses elementos citados acima são indispensáveis para a restauração da força, equilíbrio e consagração de energia. Essas jóias sagradas celebram a espiritualidade e o universo afrodescendente. Cada peça confeccionada e preparada, saúda as raízes de toda nobreza Africana. Explicou Gabriel Vasconcellos.

As diferenças na utilização, somado a parte sagrada, não param por ai. Sabemos que o aporte financeiro do ser humano é que define o peso e valor da jóia utilizada, o que não ocorre no Candomblé, como relata Gabriel D Oṣọ́ọ̀ṣì.

– Simplesmente porque somos de uma religião pautada na hierarquia. Cada elemento que compõem o fio de contas remete a uma fase do iniciado. Finalizou Bàbá Gabriel.

Os seres humanos e sua longa busca pela solução na natureza, por seus inúmeros valores.

O criador observando a criatura e procurando equacionar a ordem natural das coisas.

Assim caminha a humanidade!!!

Contato Bàbá Joaquim D’Ògún

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