Estudantes e professores se reuniram, na manhã e tarde desta quarta-feira, em diversos pontos do estado do Rio de Janeiro para as manifestações em repúdio aos bloqueios nos institutos federais anunciados pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Educação Abraham Weintraub. Há protestos em pontos do Rio, Niterói, na Região Metropolitana, e Duque de Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Além das 63 universidades geridas pelo Ministério da Educação no Brasil atualmente, as unidades de ensino fundamental e médio como o Colégio Pedro II e os IFFs de Educação em Ciência e tecnologia, também serão afetados.
Os cortes foram anunciados logo depois da decisão do governo federal em não financiar mais os cursos de sociologia e filosofia, a justificativa apresentada foi de que os estudos sobre estas pontos não trariam retornos efetivos à sociedade. No último dia 6, estudantes e pais de alunos do Pedro II, Cefet, CAp-UFRJ e IF-rj se mobilizaram em frente ao colégio militar, durante as comemorações do aniversário de 130 anos da instituição e a visita de Bolsonaro, para cobrar explicações sobre o corte e protestar contra a medida. No último dia 9 de maio, alunos da Universidade Federal Fluminense (UFF) também se mobilizaram em Niterói, contra o corte de verbas.
De acordo com a assessoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o bloqueio nos repasses à unidade chega à R$114 milhões: “A falta desses recursos causam impacto em diversos contratos gerais da universidades, em segurança, limpeza e inclusive nos hospitais”, destacou a instituição. Em nota, a UFRJ informou que o desenvolvimento de obras e compra de equipamentos utilizados em laboratórios e outras instalações também será inviabilizado.