Agentes da Polícia Civil prenderam, na tarde deste sábado, Rafael Gomes da Costa, 26 anos, apontado como um dos vendedores dos apartamentos que caíram na comunidade da Muzema, no Itanhangá, Zona Oeste do Rio, no dia 12 de abril. Vinte e quatro pessoas morreram na tragédia.
De acordo com a delegada Adriana Belém, o corretor se entregou na delegacia do Leblon e foi conduzido pelas equipes para a 16ª (Barra da Tijuca), responsável pelas investigações.
O homem é acusado de homicídio por dolo eventual ao lado de outros dois suspeitos. No dia 19 de abril, o Tribunal de Justiça havia decretado a prisão preventiva dele, José Bezerra de Lima, o Zé do Rolo, e Renato Siqueira Ribeiro. A dupla, no entanto, segue foragida. A polícia fluminense trabalha em parceria com investigadores de Pernambuco e Paraíba. É que os três suspeitos podem estar nestes dois estados do Nordeste.
Ex-presidente de associação na Muzema presta depoimento
Na tarde desta quinta-feira, o ex-presidente da associação de moradores da Muzema, Leandro Correa, prestou depoimento na Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco/EI), no Centro do Rio, no inquérito que apura a influência da milícia na construção de imóveis na região.
Ele chegou ao local acompanhado da advogada Vanessa Lopes, a mesma que defende Marcelo Diniz Anastácio da Silva, atual presidente da associação. Por uma hora, o ex-presidente contou que comandou a associação entre os anos de 2011 e 2015 e que deixou a direção após problemas de saúde. Segundo informações, o homem afirmou que não tem conhecimento da atuação de milicianos na comunidade e que a associação de moradores não lucraria com a venda de imóveis no local onde desabaram os dois prédios.
Foi a primeira vez que Correa foi chamado a Draco à se explicar. Ele foi intimado como testemunha no inquérito que a especializada apura o envolvimento de grupos paramilitares nas construções irregulares na Muzema, Rio das Pedras e em vários outros bairros da Zona Oeste. O homem não explicou se tem ou não ligações com José Bezerra de Lira, conhecido como “Zé do Rolo”, apontado por testemunhas como sendo o dono dos prédios que desabaram.
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