Jornal Povo

Megaoperação contra homicídios e feminicídios prende mais de 50 pessoas no Rio

Uma megaoperação envolvendo as polícias civis de 21 estados e do Distrito Federal para cumprir mandados de prisão contra envolvidos em homicídios e feminicídios já prendeu mais de 200 pessoas, até o momento. Somente no Rio, foram 53 presos (até às 9h), dentre 328 mandados de prisão. A operação foi batizada de Cronos II.

Dos mandados cumpridos no Rio, está o contra Manuel Avelino de Souza, conhecido como Peido Voa. Ele é suspeito de ter matado e esquartejado a estudante Matheusa Passarelli, no Morro do Dezoito, em Água Santa, na Zona Norte do Rio, no dia 29 de abril do ano passado.
Além dele, Thiago da Rocha Azevedo, Alexsandro Tejadas Silva foram presos e um menor apreendido envolvidos na morte e ocultação do cadáver do aposentado Paulo Cezar Vaz Santos, de 68 anos. O corpo de Paulo Cesar foi encontrado com marcas de tiro boiando na Baía de Guanabara, no último dia 10, na altura da Ilha do Governador. Ele estava desaparecido desde o dia 7.
Outro preso no Rio foi Raphael da Silva Thosi, que matou o padrasto, Cristiano Aquino de Oliveira, a tiros, em fevereiro de 2008. O crime aconteceu na casa em que eles moravam em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
As prisões nos demais estados e no DF até às 11h:
SANTA CATARINA: 16
RIO GRANDE DO SUL: 43
GOIÁS: 82
Os policiais de São Paulo pretendem cumprir mais de 1.500 mandados de prisão e 28 mandados de busca e apreensão, mas até o momento não há um balanço.
PRIMEIRA FASE
Deflagrada em agosto de 2018, a primeira  fase da Operação Cronos resultou na prisão de mais de 2,6 mil pessoas em todo o país. Além disso, foram apreendidos 341 adolescentes.
Segundo o Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil divulgou NA época, 42 pessoas foram presas por feminicídio; 404 por homicídio; 289 presos por crimes relacionados à Lei Maria da Penha; 640 foram autuadas em flagrante por posse ou porte irregular de arma de fogo, tráfico de drogas e outros crimes; e outras 1.252 pessoas foram detidas em decorrência de mandados de prisão expedidos por outros crimes.

Durante a primeira fase, foram apreendidas 146 armas de fogo e aproximadamente 383 quilos de entorpecentes, como maconha, cocaína e crack. Mais de 7,8 mil policiais civis de todo o país participaram das ações.