Jornal Povo

Intolerância Religiosa: Me dê motivos para suas ações

Foto: Adeloya Magnoni

O Rio de Janeiro sofre constantemente com casos de intolerância religiosa e, nos últimos meses, o fato tem se intensificado cada vez mais.

A Baixada Fluminense clama por auxílio governamental para solucionar tal questão, mas com a demora das ações por parte das lideranças, Bàbáloriṣás e Ìyáloriṣás estão sendo impedidos de exercer seu direito religioso.

O ato de fechar a porta de um espaço sagrado vai muito além do silenciar dos atabaques. Vai de encontro com a história de construção de nosso país.

Para as pessoas que nunca estiveram em uma casa de Candomblé, realmente fica difícil entender o motivo do Òrìṣà saudar portas, sustentação e atabaques.

O que impressiona é que não há motivo explícito para tais covardias. É pelo simples fato de humilhar e destruir o que é de seu semelhante.

“Não tem respeito por ninguém. Não tem respeito por nada. A gente tem que acatar. Ou acata ou agente morre” relatou uma das vítimas ou site G1.

Uma das definições pra Deus no dicionário é de que ele é um ser supremo e será que ele como tal, aprova seus atos? Até porque se ele nos fez, segundo a Bíblia, sua imagem e semelhança, somos no mínimo, irmãos. Podemos não ser do mesmo segmento religioso, mas segundo criador, que no Candomblé chamamos de Ọlọ́run, somos irmãos de vida e, juntos, cada qual a sua maneira, deve cuidar da terra construída para nós humanos, animais, vegetais e minerais.

Se você não tem como explicar as ações de seu povo, você também não está compreendendo o ser humano e suas escolhas equivocadas.

Que as boas energias tenham clemência e piedade dos ignorantes e prepotentes que dizem ser de fé, mas que não possuem fé nem em si mesmo.

Até a próxima e muito àṣẹ gbogbo Òrìṣà!!!

Contato Bàbá Joaquim D’Ògún

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