A política do Vasco continua com seus movimentos nos bastidores. Na próxima segunda-feira, o Conselho Deliberativo do clube irá se reunir à noite, na sede náutica da Lagoa, com o presidente Alexandre Campello correndo risco de sofrer a abertura de um possível processo de impeachment contra o sua gestão. Devido a este receio, membros da situação estão articulando nos bastidores contra esta possibilidade. O caminho judicial foi um dos encontrados.
A primeira ação neste sentido foi da Sônia Andrade, 2ª vice-presidente geral do Vasco. Na última quinta-feira, a dirigente ingressou com um processo no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), com pedido de liminar para anular a reunião marcada. Entretanto, no início da tarde desta sexta-feira, a juíza Lindalva Soares Silva, da 11ª Vara Cível do TJRJ, indeferiu a solicitação.
Um dos argumentos utilizados pela 2ª vice-presidente do Vasco em seu processo, conforme relatado pela magistrada na decisão indeferindo a liminar, foi sobre “verdadeira identidade e idoneidade das assinaturas dos 60 conselheiros”, que fizeram a denúncia de que Alexandre Campello teria demitido cerca de 200 funcionários e não honrado os acordos judiciais. Isto teria causado um prejuízo de cerca de R$ 4 milhões ao Cruz-Maltino.
Esta relação dos 60 conselheiros foi protocolada por Roberto Monteiro, presidente do Conselho Deliberativo do Vasco, na manhã de quarta-feira na secretaria de São Januário – dentro do prazo estatutário de cinco dias antes da data da reunião. Esta relação não foi enviada aos conselheiros como anexo da convocação, conforme teria de ser realizado.