Às 15h39 desta sexta, Sônia Andrade protocolou um recurso em segunda instância contra a decisão em primeiro grau, em uma nova tentativa de derrubar a realização da reunião do Deliberativo do Vasco da semana que vem. A expectativa é que um desembargador seja sorteado para a relatoria do caso e decida nas próximas horas se mantém ou não o que foi decidido em primeira instância. Há também a expectativa de que outros membros ligados à situação também entrem com novas ações.

Um dos argumentos utilizados pela 2ª vice-presidente do Vasco em seu processo, conforme relatado pela magistrada na decisão indeferindo a liminar, foi sobre “verdadeira identidade e idoneidade das assinaturas dos 60 conselheiros”, que fizeram a denúncia de que Alexandre Campello teria demitido cerca de 200 funcionários e não honrado os acordos judiciais. Isto teria causado um prejuízo de cerca de R$ 4 milhões ao Cruz-Maltino.

Esta relação dos 60 conselheiros foi protocolada por Roberto Monteiro, presidente do Conselho Deliberativo do Vasco, na manhã de quarta-feira na secretaria de São Januário – dentro do prazo estatutário de cinco dias antes da data da reunião. Esta relação não foi enviada aos conselheiros como anexo da convocação, conforme teria de ser realizado. 

Caso se decida pela abertura do processo de impeachment, conselheiros afirmam que não é um ato rápido de ser finalizado. Se aberto e a decisão no final do processo seja pelo afastamento de Alexandre Campello, o novo presidente do Vasco seria escolhido por nova eleição no Deliberativo – caso ocorra até a metade da gestão, em 21 de julho. Se acontecer depois desta data, pelo estatuto, Elói Ferreira, 1º vice geral, assumiria o cargo principal.