Um mototaxista da Região Oceânica de Niterói foi conduzido, por volta das 15h desta quarta-feira, para prestar depoimento na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, dentro da investigação sobre a morte do pastor Anderson do Carmo. A polícia teve a informação de que o rapaz levou uma neta da deputada federal Flordelis até a Praia de Piratininga, onde a jovem jogou um celular no mar. A praia fica a cerca de oito quilômetros da casa da família, em Pendotiba, Niterói. A ação teria ocorrido no último dia 18, mesma data em que equipes da DH vasculharam a casa onde ocorreu o crime. A polícia investiga se o celular pertencia a Flávio dos Santos, filho do casal que está preso pela morte do padrasto. O mototaxista chegou à delegacia numa viatura descaracterizada e prestou depoimento.
A neta suspeita de jogar o celular no mar jpá foi ouvida pela polícia. Na última segunda-feira, a DH apreendeu 20 celulares de pessoas que estavam na casa da deputada federal Flordelis (PSD). Em um dos aparelhos, a polícia descobriu que o telefone do pastor Anderson do Carmo, marido de Flordelis foi usado horas depois de sua morte. Mensagens com pedidos de orações e dizendo “infelizmente as notícias são verdades (sic)” foram passadas do celular de Anderson para um grupo de evangélicos no WhatsApp. No texto, a pessoa se identifica como um dos filhos do pastor.
O aparelho celular do pastor ainda não foi localizado. Em entrevista coletiva concedida na tarde desta terça-feira, Flordelis afirmou não saber o paradeiro do celular e pediu a quem souber que o entregue. As informações são de que o celular foi entregue a namorada de um dos filhos, que ficou de entregá-lo à Flordelis após o assassinato de Anderson do Carmo na madrugada do dia 16 quando ele chegava em casa, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Depois, o aparelho teria sido repassado para um dos filhos do casal, mas não foi encontrado.
A identificação de quem passou a mensagem usando no celular de Anderson não foi divulgada pela polícia.
Após vazamentos das investigações, a delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói e responsável pela apuração do crime, determinou que o caso está sob sigilo.
Os dois filhos do casal, Flávio dos Santos e Lucas dos Santos, permanecem presos na DH de Niterói.