Jornal Povo

Flordelis: polícia ouve novas testemunhas nesta quinta-feira

A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) ouvirá nesta quinta-feira duas novas testemunhas no caso que investiga o assassinato do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada federal Flordelis (PSD-RJ). Segundo a polícia, elas seriam pessoas ligadas à casa e que teriam livre acesso à residência, mas seus nomes não foram divulgados. 
A delegada Bárbara Lomba, titular da DHNSGI, chegou à especializada por volta de 12h50. Também no começo da tarde, os advogados de Flavio dos Santos pediram remédios em uma farmácia para o cliente. Segundo os defensores, ele tem duas hérnias de disco e sente muitas dores. O medicamento foi pedido em uma farmácia da região e um entregador levou até o local.
Lucas não quer ser transferido por medo

Segundo fontes, Lucas dos Santos não quer ser transferido da DHNSGI. É que o filho adotivo da Flordelis, que também confessou ter participado do crime, estaria com medo de uma possível represália. 

Ontem, o novo advogado de Lucas, Victor Vianna, informou que não vai pedir a transferência de seu cliente da DHNSGI para um presídio. “Eu não vou pedir que ele deixe aqui. O Lucas está sendo bem tratado e por hora não vejo o motivo de sua transferência dele”, disse. 

Advogado de Flávio volta a criticar polícia e falta de acesso ao inquérito
A defesa de Flavio dos Santos Rodrigues, filho biológico da deputada Flordelis, voltou a atacar a Polícia Civil na tarde desta quinta-feira. Segundo Anderson Rollemberg, após a confissão do cliente, houve uma “antipatia dos investigadores” com a defesa. Ainda de acordo com Rollemberg, a delegada Bárbara Lomba não estaria permitindo que os advogados tenham acesso ao inquérito. 

“O acesso ao inquérito está sendo de forma contumaz. Estamos precisando do acesso de forma rápida e não pode ter mais delongas. As informações estão vazando para a imprensa e temos o direito às informações do inquérito em relação ao Flavio”, salientou. 

“Não tenho dúvida que, em função de uma confissão dita pela autoridade policial, quando a defesa assume, surge uma antipatia com os advogados. Estamos tentando uma harmonia com a autoridade policial”, afirmou Rollemberg. 
Para a defesa de Flavio, por hora, eles rechaçam um novo depoimento ou uma possível acareação. “Não se fala neste momento, porque não tivemos acesso aos autos. Após isso, provavelmente, vamos requerer à juíza da 3ª Vara Criminal de Niterói, quem sabe, uma possível acareação. Temos interesse no desfecho da investigação”, completou.