Jornal Povo

Empatia dentro do Candomblé

Foto: Róger Cipó

O Candomblé é uma religião de confiabilidade e troca mútua entre os adeptos da cultura afro-brasileira, como muitos devem saber, uma das palavras mais utilizadas nos últimos tempos, dentro da diáspora é a empatia. Que é quando você consegue se colocar no lugar da outra pessoa para alguma situação.

Dificilmente você se sentará para realizar uma consulta oracular com alguém que nunca ouviu falar ou que sequer possui uma referência com pessoas ligadas a ti. Mesmo quando a busca é solitária, a pesquisa pelo perfil do Bàbá ou Ìyá em questão, acaba ocorrendo.

O encontro é sempre suspeito, quando não se obtém indicação de alguém. Não se sabe quem está do outro lado da mesa e qual potencial religioso do mesmo. É nesse momento que aparece algo mágico e de muito axé, que é a empatia entre as partes. Tornando assim, o que era tenso, em um encontro agradável.

O fato irá possibilitar uma maior proximidade entre os novos amigos. Dessa maneira poderão expandir interesses e criar laços familiares, de espiritualidade. Cada membro da Casa de Candomblé terá que conquistar, de alguma maneira, o novo representante da comunidade e, não havendo esse trabalho, quem acaba perdendo são os dois lados.

O que devemos nos preocupar é que, além do conhecimento, é necessário que tratemos as pessoas com dignidade e respeito. Assim o espaço sagrado ficará mais satisfatório para os novos praticantes de nossa cultura tão agregadora.

Nem de longe estou querendo ensinar como devem se portar as pessoas em suas casas, mas é que de acordo com as pesquisas feitas nas redes sociais, o que mais afasta o ser humano da religião de matriz africana é o comportamento das pessoas existentes na mesma.

Mais empatia, por favor!

Até a próxima e muito axé!

Contato Bàbá Joaquim D’Ògún

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