Agentes da Lava-Jato noRio saíram às ruas na manhã desta segunda-feira para cumprir mandado expedido pela Justiça em nova fase da operação. Oprocurador do estado Renan Saad foi preso sob suspeita de ter recebido propina em obras dometrô do Rio.
A operação foi desencadeada após a delação premiada do ex-diretor de contratos da empreiteira Odebrecht Marcos Vidigal do Amaral. Saad teria recebido R$ 1,265 milhão em pagamentos relacionados ao metrô do Rio. O delator disse que o procurador recebeu R$ 300 mil de caixa 2 em troca de um parecer sobre a Linha 4 que alterava o seu trajeto inicial, além de desvios no uso do tatuzão, que consome por mês R$ 2,9 milhões mesmo parado.
Os agentes deixaram a sede da Polícia Federal do Rio pouco antes de 6h desta segunda-feira e cumpriram o mandado na casa de Saad, em São Conrado, na Zona Sul do Rio.
Pareceres favoráveis de Saad teriam sido “fundamentais” para viabilizar as obras da Linha 4, segundo a investigação.
O procurador, que era identificado no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht como “Gordinho”, teria recebido repasses da empreiteira entre 2010 e 2014, de acordo com a forta-tarefa. Um deles — de R$ 100 mil — teria sido realizado em dinheiro vivo no escritório de advocacia de Saad.