A SuperVia disse nesta quarta-feira que identificou e demitiu dois seguranças que participaram do abuso sexual contra dois jovens na estação de trem do Maracanã, ocorrido no último domingo. A denúncia das vítimas aponta que dois policiais militares e quatro funcionários da concessionárias participaram das agressões.
A identidade dos demitidos não foi revelada. Os outros dois supostos funcionários da SuperVia ainda não foram identificados. Segundo a empresa, a demissão foi decretada após o trabalho da comissão de sindicância interna instaurada nesta terça-feira.
“Após a finalização dos trabalhos, a concessionária vai registrar o caso em delegacia e apresentar à polícia as conclusões da sindicância interna. A empresa se mantém à disposição das autoridades para auxiliar nas investigações e atuará como assistente de acusação neste processo”, disse em nota.
Os dois jovens prestam depoimento nesta tarde na 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), no Méier. Eles denunciam que foram agredidos e obrigados a fazer sexo oral um no outro.
A empresa de trens disse que a demissão reforça o “repúdio da concessionária aos atos cometidos por estes funcionários e por outros possíveis envolvidos, de acordo com o relato das vítimas. As medidas reforçam o posicionamento da SuperVia de não tolerar, em hipótese alguma, práticas como essa no sistema administrado pela concessionária, nem em seu quadro de colaboradores”.
“A concessionária se solidariza com as vítimas e com seus familiares e reforça o compromisso de oferecer a melhor capacitação aos seus funcionários para que atuem com a ética e o decoro, que são premissas da SuperVia. Vale reforçar que todos os funcionários do setor de segurança da empresa são intensamente treinados para agir com idoneidade e respeito em qualquer uma das situações vivenciadas no sistema. A capacitação inclui temas como “Controle Emocional e Administração de Conflitos”, e “Código de Ética, Conduta e Postura”, dentre outros”, concluiu.