O bicheiro Luiz Pacheco Drumond renunciou nesta terça-feira ao cargo de presidente da Imperatriz Leopoldinense. O contraventor entregou ao conselho deliberativo da agremiação uma carta em que manifesta o desejo de deixar a função por motivos de saúde. Quem assume no lugar dele é José Henrique Pinto, que preside o colegiado, até que novas eleições sejam realizadas em 15 dias.
Luizinho Drumond, como era conhecido, estava à frente da escola desde o fim da década de 1970. Ele foi presidente e presidente de honra e, depois de 1976, só se afastou do quadro executivo por períodos breves, principalmente quando assumiu a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa). Em 2016, não assistiu ao desfile no Sambódromo da Marquês de Sapucaí porque se recuperava de um AVC.
Nos últimos 43 anos, o bicheiro e a família foram essenciais para a construção dos carnavais da verde e branco do bairro de Ramos, na Zona Norte do Rio. Os oito campeonatos da escola foram conquistados depois da chegada de Luizinho ao poder.
Também sob o comando de Drumond, a escola terminou o último carnaval rebaixada para a Série A e, mesmo após virar a mesa para reverter o resultado, deixará de desfilar na elite da folia.
De acordo com Wagner Araújo, diretor de carnaval da Imperatriz, o presidente escolhido no pleito daqui a duas semanas deverá ter um mandato tampão, até 2021.
— Os mandatos duram três anos e Luizinho seria presidente até 2021. Ainda não estive com ele depois que entregou a carta. Trabalhávamos juntos há 31 anos — disse Araújo.
Já nesta terça-feira, a Imperatriz foi representada pelo presidente interino, José Henrique Pinto, no sorteio da ordem dos desfiles da Série A organizado pela Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj). Em 2020, a agremiação será a quinta a passar pelo Sambódromo da Marquês de Sapucaí no sábado de carnaval, 22 de fevereiro.