Antes da decisão de Gilmar Mendes, suspendendo o andamento da Operação C’est Fini no Rio, o ex-governador Sérgio Cabral admitiu ter recebido propina em obras realizadas pelo Departamento de Estradas e Rodagens (DER). Cabral foi interrogado pelo juiz Marcelo Bretas ontem.
De acordo com promotores do Ministério Público Federal, a propina distribuída entre 2008 e 2014 chegou a R$ 17 milhões. “Confirmo o recebimento de valores indevidos tanto para campanhas eleitorais quanto para benefício pessoal. Não quero discutir se foi o valor exato (da denúncia) R$ 18 (milhões), R$ 17 (milhões), R$ 16 (milhões), não tenho essa precisão”, afirmou o ex-governador.
Cabral disse que pediu ao ex-presidente do DER, Henrique Ribeiro, para direcionar a licitação de uma obra feita a pedido de Jorge Picciani (MDB) e do ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Aloysio Neves. Os três citados na delação de Sérgio Cabral negam envolvimento e recebimento de propina na obra.