Declaração foi dada durante cerimônia de abertura do Programa Segurança Presente em Nova Iguaçu.
Por: Hyago Santos
O governador Wilson Witzel (PSC) disse que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) precisa olhar mais para os problemas do Rio de Janeiro. A declaração foi feita durante a abertura do programa Segurança Presente nesta sexta-feira (16), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Witzel disse que, apesar de terem a mesma linhagem de governo e concordarem ideologicamente, o presidente precisa olhar para os problemas do Rio, já que foi o Estado em que ele obteve uma grande quantidade de votos ainda quando foi eleito deputado federal.
“Nós somos parceiros do presidente Bolsonaro e acreditamos que vai fazer um grande governo, mas ele precisa olhar para o Rio de Janeiro. É o Estado dele, que o elegeu tantas vezes deputado federal” , disse.
O governador ainda disse que, apesar de saber que todo o país passa por um processo delicado, o Rio de Janeiro tem áreas de mais complexidade que precisam ser atendidas imediatamente.
“Hoje, um dos Estados mais complexos financeiramente é o Rio de Janeiro. Precisamos mudar o modo como foi apresentado o plano de recuperação fiscal. Precisa ser mais rápido, exigir algumas aprovações da Assembleia Legislativa”, disse.
Pensamento financista
Wilson Witzel falou ainda que exigir garantia de venda de empresas estatais para socorrer os Estados são pensamentos financistas, e que esse tipo de pensamento não aplica a relação de Estado.
“Tenho muito respeito ao Ministro Henrique Meirelles, mas o pensamento financista de banqueiro não se aplica a relação de Estado. Temos que mudar essa visão”, disse o governador.
“No meu governo não tem nada de errado”
O governador ainda afirmou que, em seu governo não há nada de errado. Além disso, ele disse que, apesar das mortes dos seis jovens mortos resultantes da violência carioca, as pessoas parar de se deixarem ser manipuladas.
“Estamos do lado do bem. Peço que olhem o outro lado. Essa manipulação que estão fazendo, usando os cadáveres dessas pessoas que morreram. Esqueceram que, morreram sim, jovens inocentes com balas perdidas possivelmente vindas do tráfico de drogas. Agora, além desses jovens morreram milhares de outras pessoas. E se nós não tivéssemos agido teriam morrido mais 800 pessoas. Não está dando absolutamente nada de errado em nosso governo. O que está errado são esses marginais, esses criminosos, que insistem em nos desafiar. Mas não vamos retroceder”, disse o governador.
