Mais cedo, China anunciou que vai impor taxa extra sobre US$ 75 bilhões em produtos dos EUA.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que vai responder na tarde desta sexta-feira (23) às nova tarifas anunciadas mais cedo pela China, em mais uma etapa do acirramento da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
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Em uma rede social, Trump disse que está ordenando que as empresas norte-americanas comecem a buscar uma alternativa à China, incluindo levar suas produções de volta aos Estados Unidos.
“Nossas grandes empresas norte-americanas estão ordenadas a começar imediatamente a procurar uma alternativa para a China, incluindo trazer suas empresas para casa e fabricar seus produtos nos EUA.”
“Nós não precisamos da China e, francamente, estaremos bem melhores sem ele”, escreveu o presidente dos EUA. “Nossa economia, por causa dos últimos dois anos e meio, é muito maior que a da China, e nós a manteremos assim”.
Não ficou claro qual autoridade legal Trump poderá usar para obrigar as empresas norte-americanas a fechar suas operações na China ou interromper o fornecimento de produtos do país.
O presidente dos EUA disse que também ordena que empresas como FedEx, Amazon.com, UPS e o Serviço Postal dos EUA procurem recusar todas as entregas de fentanil para os EUA.
O acirramento da guerra comercial derrubava os mercados. No início da tarde, as bolsas dos Estados Unidos operavam em queda de cerca de 2%. No Brasil, a Bovespa recuava 2,5%,, e o dólar superou a barreira de R$ 4,10.
Disputa acirrada
Em mais uma etapa da disputa comercial, a China anunciou mais cedo que vai implementar tarifas extras sobre US$ 75 bilhões em produtos importados dos Estados Unidos.
Segundo o Ministério do Comércio da China, serão impostas tarifas adicionais de 5% ou 10% sobre um total de 5.078 produtos com origem nos Estados Unidos, que incluem produtos agrícolas, petróleo, aviões de pequeno porte e carros.
“A decisão da China de implementar tarifas adicionais foi forçada pelo unilateralismo e protecionismo dos EUA”, disse o ministério chinês em comunicado, segundo a Reuters, acrescentando que suas tarifas de retaliação também entrarão em vigor em dois estágios, em 1º de setembro e 15 de dezembro.
As datas são as mesmas em que estão previstas para entrar em vigor as tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos chineses. Anunciada no início do mês pelo presidente Donald Trump, a medida deveria incidir sobre cerca de US$ 300 bilhões em produtos importados, mas alguns itens foram removidos da lista.