Clientes titulares com cadastro desatualizado que não quiserem ter a linha telefônica pré-paga bloqueada vão precisar atualizar as informações junto à operadora. A campanha das prestadoras de telefonia móvel para evitar fraudes, como cadastros em nome indevido, e oferecer mais segurança aos consumidores, começou em agosto no Acre, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Santa Catarina e Tocantins, e desde segunda-feira, se estendeu para os demais estados do país.
As operadoras vão entrar em contato com seus clientes por mensagem SMS, chamada de voz gravada, ligações ou pop-ups nas telas dos celulares. Quem for acionado e não realizar a atualização cadastral, pode ter a linha bloqueada. Os usuários que não foram notificados, mas quiserem saber a sua situação do cadastro, podem entrar em contato diretamente com a operadora. Para atualizar os dados, é preciso ligar para a central de atendimento telefônico da operadora e informar nome, CPF e o endereço completo, com CEP.
Os clientes dos dez primeiros estados convocados terão até o dia 15 de outubro para fazer a atualização. Já os consumidores de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, São Paulo e Sergipe, devem atualizar até 16 de novembro. Somente no Rio, há mais de 9,3 milhões de usuários de linha telefônica pré-paga.
A partir de 2020, está prevista adoção de um modelo de cadastro com validação documental e digitalização das informações cadastrais. Também são esperadas outras ações para o próximo ano, ainda não divulgas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Anatel bloqueia mais de 200 mil celulares no Brasil
O projeto Celular Legal da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para inibir a venda de celulares e tablets contrabandeados ou roubados já bloqueou 244.217 aparelhos em todo o Brasil, desde maio de 2018. Antes do bloqueio, 531.446 mensagens de aviso a celulares irregulares foram enviadas. Entre dezembro de 2018 e fevereiro de 2019, foram bloqueados 38.496 dispositivos piratas no estado do Rio.
Celular irregular
O celular irregular não tem o selo da Anatel, que indica a certificação do aparelho e garante ao consumidor a compatibilidade com as redes de telefonia celular brasileiras, a qualidade dos serviços e a segurança do consumidor. O selo normalmente está localizado no corpo do aparelho, atrás da bateria, ou no manual. Segundo a Agência, o aparelho nessas condições pode aquecer, dar choques elétricos, emitir radiação, explodir e causar incêndio, porque não passou por testes necessários.
Ainda de acordo com a entidade, o bloqueio de celulares irregulares, além de proporcionar a segurança do usuário, também reduz o número de roubos e furtos de aparelhos celulares, combatendo a falsificação e clonagem de IMEIs (número de identificação do aparelho). Para saber se o número de IMEI é legal, basta discar *#06#. Se a numeração coincidir com o que aparece no corpo, caixa ou manual, o aparelho é regular.