Jornal Povo

Governo decide aterrar buraco cavado para estação do metrô da Gávea

O governo do estado informou, nesta quinta-feira, que vai aterrar o buraco aberto para a construção da estação Gávea da linha 4 do metrô. De acordo com a Secretaria estadual de Transportes (Setrans), serão gastos de R$ 20 a R$ 40 milhões para a obra.
A estação é alvo de controvérsias desde que as obras para sua construção foi paralisada desde março de 2015, depois de serem iniciadas em julho de 2014. Ela seria um dos legados dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e foi planejada para interligar a Zona Sul à Barra da Tijuca, facilitando o acesso ao Parque Olímpico.
“É mais fácil aterrar e no futuro, quem sabe, se tiver dinheiro, se faz o metrô. Mas infelizmente temos outras prioridades neste momento”, o governador Wilson Witzel (PSC) defendeu. “O dinheiro que estamos recebendo não pode ser destinado para fazer uma obra da estação”.
GASTOS PARA CONCLUSÃO
A Setrans informou que seriam necessários de R$ 750 milhões a R$ 1 bilhão para a conclusão da estação ou R$ 300 milhões para concretar e estabilizar a estrutura.
“Essa decisão considerou as dificuldades financeiras encontradas pela Administração Pública, que inviabilizam o alcance de um desfecho favorável para a sua finalização”, a Secretaria de Transportes informou, por nota.
O buraco cavado foi alagado no ano passado e, dede então, moradores da região temem que o terreno do canteiro desabe e abale as estruturas dos prédios do entorno. Por causa do risco, no início de agosto, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) determinou que o governo do estado adotasse um plano para concluir a estação.
PARALISAÇÃO
Com dificuldades para obter recursos para concluir toda a linha 4 do metrô, em 2015, o governo paralisou as obras da estação Gávea e deu prioridade ao restante da linha (Praça Nossa Senhora da Paz, Jardim de Alah, Antero de Quental, São Conrado e Jardim Oceânico).
Quando a obra foi paralisada, o TCE-RJ encontrou um superfaturamento de R$ 3 bilhões para a construção de toda linha, que custou ao todo R$ 10 bilhões. Na ocasião, o Tribunal proibiu novos repasses ao Consórcio Rio Barra, responsável palas obras.