Witzel já anunciou que pretende concorrer à Presidência em 2022 e tem causado intrigas no PSL de Bolsonaro. O governador ressaltou, pelo segundo dia seguido, o suposto projeto nacional que ele teria para tocar.
“Precisamos unir o país num projeto de nação”, disse Witzel, na palestra. Antes, o governador já havia declarado que o PSC tem um projeto de Brasil.
Como símbolo da união que prega, Witzel sugeriu um aperto de mão com o petista Wellington Dias, governador do Piauí, que participou do evento a seu lado. O gesto de conciliação é uma forma de se desvencilhar do radicalismo de Bolsonaro e se posicionar como um candidato mais moderado que o atual presidente – a exemplo do que também vem fazendo o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
Eleito na esteira do bolsonarismo, Witzel intercalou em sua fala aspectos do Rio com visões nacionais. Apontou, por exemplo, que não basta fazer reformas se não houver projetos para alavancar o crescimento. No âmbito estadual, concentrou-se principalmente na necessidade de estimular o turismo.
No início desta semana, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que preside o partido no Rio, determinou o desembarque da legenda do governo Witzel. A ordem inclui tanto a base aliada na Assembleia Legislativa (Alerj), quanto cargos na gestão. Até agora, porém, ninguém renunciou.