O governador Wilson Witzel (PSC) defendeu o fim das visitas íntimas para presos e o aumento do tempo máximo de encarceramento para 50 anos. As declarações foram feitas durante o 1º Encontro Nacional de Diretores de Departamentos de Homicídios, com delegados das especializadas de todo o país, realizado nesta quinta-feira.
“A pena para criminosos do crime organizado não pode ser de 35 anos, tem que ser de 50 anos. O sistema que ele tem que ficar preso não pode ter visita íntima. Perdeu a liberdade? Tem que perder a liberdade sexual. Onde é que nós estamos com a cabeça? Você tira a liberdade do sujeito, mas não tira a liberdade sexual dele? O que é isso? Perdeu, sim”, defendeu.
Witzel também reagiu ao pedido — feito pela ex-procuradora Geral da República Raquel Dodge ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) — de federalização da investigação do caso Marielle Franco.
“Tenho respeito pelos delegados de Polícia Federal. Eles sabem investigar lavagem de dinheiro, tráfico internacional, corrupção. A PF não tem expertise nenhuma na investigação de crimes de homicídio”, disse. “Será que a Polícia Federal tem mais capacidade técnica do que as polícias para investigar? A PF não tem departamento de homicídios”.
O diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), o delegado Antônio Ricardo Nunes, afirmou que a Polícia Civil do Rio chegará, em breve, aos mandantes dos crimes da vereadora e do motorista Anderson Gomes.