A Polícia Civil realizou nesta segunda-feira (23) uma perícia na Kombi onde a menina Ágatha Félix estava quando foi baleada, na sexta (20), no Complexo do Alemão.
Peritos analisam, com base nos buracos da bala no estofado do banco, de que direção veio o tiro. Uma cânula foi usada para simular o trajeto do projétil. Não foi encontrada marca de tiro no porta-malas.
“A informação que eu tenho é que estava aberto”, informou José Carlos Soares, que se identificou como dono do veículo.
A polícia vai fazer um confronto balístico para saber se o tiro que atingiu Ágatha partiu da arma de um dos policiais ou de algum traficante. Um projétil foi retirado do corpo da menina no hospital e fragmentos de bala foram encontrados quando o corpo da criança já estava no Instituto Médico Legal (IML). A Polícia ainda informou que fará uma reconstituição do crime.
Danilo Félix, tio de Ágatha, também disse que o bagageiro estava aberto.
“A Kombi parou para deixar um passageiro que tinha compras na mala. Foram tirar as compras da Kombi quando passou uma moto. Falaram que eram dois homens sem camisa. Não sei se mandaram parar enquanto passou e o policial atirou, só que pegou na Kombi onde tava minha sobrinha”, relatou Danilo.
Armas ainda não foram entregues
O delegado Marcus Druker, da Delegacia de Homicídios (DH) da capital, informou que espera receber nesta segunda as armas de três PMs que estavam na Fazendinha quando Ágatha foi baleada.
Também está previsto que os três policiais prestem depoimento.
Entenda como foi a morte
A menina Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, foi morta quando voltava para casa com a mãe, na noite de sexta-feira (20), no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio.
A criança estava dentro de uma Kombi, por volta das 21h30, quando foi baleada nas costas na comunidade da Fazendinha. De acordo com um tio de Ágatha, a Kombi em que a menina estava parou na rua para desembarcar passageiros com sacolas de compra na comunidade. A criança estava sentada dentro do veículo quando foi atingida.