Jornal Povo

Três anos após Olimpíada, Prefeitura do Rio inicia replantio de 13 mil mudas plantadas por atletas

A Prefeitura do Rio do Janeiro começa, nesta terça-feira (10), o replantio de 13.725 mudas de árvores na Floresta dos Atletas, no Parque Radical de Deodoro, Zona Oeste da cidade.

O replantio ocorre com atraso. O processo deveria ter sido feito ainda no início dos Jogos Olímpicos de 2016 para que as árvores fossem apresentadas nas Olimpíadas de Tóquio, no próximo ano.

Atletas de diversas modalidades, representantes de clubes e associações esportivas e pelo menos 250 crianças participarão do evento desta terça.

Segundo a prefeitura, qualquer pessoa que visitar o parque nesta terça entre 9h e 15h poderá plantar uma das 13.725 mudas semeadas pelos atletas das 207 nações que participaram da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Em junho, a TV Globo mostrou que as sementes carregadas por atletas na Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de 2016 estavam crescendo em um sítio de Silva Jardim, na Região dos Lagos.

A promessa era que os grãos plantados em totens no Maracanã na noite de 5 de agosto de 2016 formassem uma floresta.

Os atletas plantaram as sementes de 207 espécies da Mata Atlântica, 13.725 mudas, representando cada uma das delegações.

A ideia original era que essas mudas tivessem sido plantadas em 2017, quando estariam com cerca de meio metro de altura, em embalagens próprias. Mas a maioria das plantas passou de dois metros e precisou de novos recipientes.

As plantas são mantidas pela empresa de reflorestamento, que receberia do Comitê Rio 2016 o dinheiro para executar o projeto, cerca de R$ 3 milhões.

Mas o compromisso foi assumido apenas no catálogo que divulgava as ações previstas durante a Olimpíada. Nenhum contrato foi assinado. O responsável pela empresa diz que nunca recebeu nada e que já gastou R$ 1,8 milhão com pesquisa, classificação das espécies e manejo das mudas.

“A gente gostaria muito de colocar essa floresta no chão. Esse foi o nosso objetivo, foi para isso que a gente gastou tanta energia e tanto recurso”, disse Marcelo de Carvalho Silva, engenheiro florestal sócio da Biovert.

Via: G1