O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, anunciou em vídeo publicado numa rede social, nesta quarta-feira (11), ter conseguido recursos para pagar os salários de “todos os cinco mil agentes de saúde das clínicas da Família e técnicos de enfermagem”. De acordo com o prefeito, no vídeo gravado em Brasília, os vencimentos serão depositados na quinta-feira (12).
“Uma ótima notícia aqui do Planalto Central. Eu, o procurador-geral do Município e o representante do Rio em Brasília estamos anunciando pra vocês que, amanhã [quinta-feira (12)], vai estar na conta os salários de todos os cinco mil agentes de saúde das clínicas da Família, e dos técnicos de enfermagem”, afirmou Crivella.
Também segundo Crivella, o município obteve a liberação de R$ 36 milhões para pagar o custeio dos hospitais Albert Schweitzer, em Realengo, Rocha Faria, em Campo Grande e Pedro II, em Santa Cruz, todos na Zona Oeste da cidade.
No vídeo, Crivella não detalhou como o Município obteve os recursos para pagar os funcionários ou arcar com o custeio dos hospitais. O G1 solicitou esclarecimentos à prefeitura e as respostas da administração municipal serão incluídas nesta reportagem.
O anúncio de Crivella em Brasília ocorre em um momento conturbado do Rio, quando funcionários da rede municipal de Saúde organizaram uma paralisação de dois dias – nesta terça-feira (10) e nesta quarta-feira (11) – que está afetando parte das unidade.
Clínicas da Família e centros de atendimento em hospitais, por exemplo, não abriram. Em algumas emergências, o efetivo foi reduzido à metade ou a um terço.
Médicos, enfermeiros e assistentes relatam que estão há dois meses sem salários. Até esta terça (10), parte dos servidores ainda não tinha recebido os salários de outubro e novembro, tampouco o 13º.
O movimento grevista é mais um capítulo na crise do setor, que transcende governos.
Atrasos nos pagamentos, profissionais de menos, enfermarias superlotadas, falta de insumos e farmácias desabastecidas estão entre os problemas mais citados por pacientes e acompanhantes, que sofrem na peregrinação por atendimento.
Além disso, cerca de 22 mil profissionais das organizações sociais que administram as unidades de atendimento estão com os salários atrasados desde outubro.
Via: G1