A Justiça Militar ouve, nesta segunda-feira (16), 12 militares do Exército suspeitos de matar duas pessoas, em Guadalupe, na Zona Norte do Rio, em abril deste ano durante uma ação de patrulhamento. O músico Evaldo Rosa estava indo para um chá de bebê quando o carro da família foi atingido por mais de 80 tiros disparados pelos militares. Evaldo morreu no local.
O tenente Ítalo Nunes, primeiro a depor, disse que, naquela ocasião, os militares haviam sido atacados durante toda a manhã por traficantes da Favela do Muquiço.
Segundo ele, após irem e voltarem do batalhão, os militares viram um assalto praticado por bandidos que usavam um carro parecido com o utilizado pela família do músico Evaldo.
Ainda acordo com o tenente, o grupo de militares foi atacado por bandidos – eles decidiram revidar. Apenas após os tiros, os militares viram a família do músico sair do carro.
O catador de latas Luciano Macedo, que passava no momento dos disparos, também foi atingido e morreu dias depois no hospital. Essa vai ser a primeira vez que cada um dos acusados vai depor individualmente desde o início do processo.
Essa audiência já foi adiada duas vezes. A sessão será conduzida pela juíza federal da Justiça Militar Mariana Queiroz Aquino Campos. Todos os réus respondem ao processo em liberdade, após a concessão de habeas corpus pelo Superior Tribunal Militar (STM).
A versão dos militares é que eles teriam confundido o carro do músico com o de criminosos que haviam praticado um assalto nos arredores.
Via: G1