Valdir Espinosa não trabalhava no futebol desde agosto de 2017, quando deixou o cargo de coordenador técnico do Grêmio, um dos dois clubes onde é grande ídolo. A volta se dá na outra casa onde é uma lenda, no Botafogo. E a grande identificação pesou na escolha do Comitê Executivo de Futebol do clube.
Integrante do Comitê e um dos líderes do processo de transição para o modelo de clube-empresa, Carlos Augusto Montenegro falou em gratidão ao tratar do nome do gaúcho de 72 anos.
-O critério de um ídolo botafoguense. Já foi jogador, técnico, gerente e diretor técnico. Todo botafoguense gosta muito dele, é uma pessoa muito respeitada. Ele estava fora do mercado, resolveu vir nos ajudar, é um preço que a gente suporta. Vai ser importantíssimo nessa transição.
-O critério foi pegar um profissional que está fora do mercado, mas que o Botafogo deve muito a ele.
Embora Espinosa tenha ficado fora do mercado por dois anos, em sua coletiva de apresentação, garantiu pesquisar diariamente sobre atletas assistindo a variados campeonatos nacionais.
– Aprendo diariamente porque eu viajo muito. De manhã, estou na Arábia, depois na Alemanha, depois em Paris. Sabe como? Pego o controle remoto e estou no Campeonato Inglês, Alemão, Árabe. Ali estou aprendendo.
– Na primeira conversa que tive com Montenegro, Renha (Manoel) e Ricardo (Rotenberg), falamos de jogadores. Trocamos ideias. Falamos de dia a dia, final de contrato. O segundo momento foi com Alberto Valentim. Conversamos sobre jogadores, ele me passou alguns nomes. Conhecia alguns e outros não, comecei a pesquisar.
Presidente campeão brasileiro em 1995, Montenegro afirma que em princípio Espinosa fica até o meio do ano, mas não descarta a permanência dele após a transformação em Botafogo S/A.
– Espinosa chega até a gente virar clube-empresa. Dependendo do trabalho, quem comprar (investidor) pode continuar com ele.
Nelson Mufarrej, atual presidente do Botafogo, fez coro a Montenegro e valorizou o DNA alvinegro e a experiência de Valdir Espinosa.
– Com relação ao Valdir Espinosa, estávamos reunidos, e surgiu o nome do Valdir Espinosa. Espinosa é botafoguense, cara que tem uma raiz muito grande aqui no Botafogo. Foi jogador, técnico e gerente. Tem uma bagagem muito boa que pode nos dar esse subsídio, esse trabalho até nós termos um investidor.
– De repente o investidor pode dizer: “Continue com a gente pelo trabalho que está fazendo”. Temos muita fé no trabalho, acho que foi uma aquisição que fizemos e esperamos ter sucesso – elogiou Mufarrej.
Via: Globo Esporte