Jornal Povo

Operação da PM e do Ministério Público visa a cumprir mandados de prisão em Angra

Uma operação conjunta da Polícia Militar e do Ministério Público do Estado do Rio, que acontece na manhã desta terça-feira em comunidades de Angra dos Reis, na Costa Verde, visa a cumprir 32 mandados de prisão e 68 de busca e apreensão. Os alvos são suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas. Até as 6h40, uma pessoa havia sido presa. Os presos na ação serão levados para a 166ª DP (Angra dos Reis).

A ação acontece dois dias depois de sete corpos terem sido encontrados em um caminhão às margens da Rodovia Rio-Santos. O motorista do veículo contou à polícia que foi abordado por cerca de dez criminosos armados no Frade — ,localidade dominada pelo tráfico em Angra. Os bandidos o obrigaram a transportar os cadáveres para fora do bairro.

A Polícia Civil investiga se as mortes ocorreram durante um dos confrontos entre quadrilhas de facções rivais no Frade, que têm ocorrido com frequência, ou em uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no bairro realizada na manhã de domingo.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Antonio Pinto Figueiredo Neto, o Dino, é o chefe do tráfico e tem como homens de confiança Divaldo Fernandes Ramos, o PS, e Jacson Lima Ferreira, o JK. Jacson está preso mas mesmo assim continua atuando no crime, negociando a comercialização de drogas e ordenando a morte de desafetos.

Conversas de Dino, interceptadas pela polícia, mostram que ele fornece drogas e munição aos cúmplices, recruta novos criminosos para a quadrilha, orienta o bando sobre como agir tanto na defesa e como na retomada de territórios. Ele também estimula que integrantes novos da quadrilha cometam e se habituem a assassinatos. Dino ainda pede que seja providenciada a remessa de armamentos armas, incluindo fuzis, e radiotransmissores.

Além desses crimes, a investigação concluiu que Divaldo, além de envolvimento no tráfico e ordenar assassinatos, pretendia implementar nas localidades em que seu bando atua atividades típicas de milícia. Entre elas a cobrança de taxa de segurança a empreendimentos para permitir o seu funcionamento e também a monopolização da distribuição de serviços — como fornecimento de água, TV e internet em favor de empresas que realizam pagamentos mensais à organização, impedindo a livre concorrência no mercado.

Via: Jornal Extra

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