Jornal Povo

Corpo de Hilda Rebello, mãe de Jorge Fernando, é velado no Rio

Dois meses após se despedir do ator e diretor Jorge Fernando, a família Rebello voltou nesta segunda-feira (30) ao Cemitério da Penitência, no Caju, Zona Portuária do Rio, para velar a mãe dele, a também atriz Hilda Rebello. Ela morreu na véspera, aos 95 anos, vítima de complicações de uma infecção respiratória.

O velório acontece na capela 1 do cemitério. A previsão era de que ele tivesse início às 10h, mas atrasou à espera da chegada da neta Maria Carol e da bisneta Manoa, que estavam em Nova York e adiantaram o retorno ao Brasil. O encerramento da cerimônia está marcado para às 13h30.

Foi no mesmo cemitério onde, em 29 de outubro, foi cremado o corpo de Jorge Fernando, que foi velado na Sala Marília Pêra do Teatro Leblon. Jorge Fernando morreu aos 64 anos, vítima de uma parada cardíaca, após dois anos lutando contra as sequelas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Na ocasião, Hilda chegou ao funeral em uma cadeira de rodas, amparada pela neta e também atriz Maria Carol Rebello. “Minha avó está devastada”, contou ela ao G1 naquela ocasião.

Nesta segunda, Maria Carol voltou a se emocionar ao definir Hilda em uma frase: “Minha avó é luz. Ela é luz”, disse a atriz.

Emocionada, Carol assumiu a missão de ser porta-voz da família. A morte de Hilda foi a terceira e frentada pelos Rebello em dois meses. Exatamente um mês após a despedida a Jorge Fernando, morreu Pedro Paulo, o Pepê, amigo íntimo da família há mais de 20 anos e considerado o braço direito do ator e diretor. Ele foi vítima de um câncer de pulmão.

“O Pepê, na verdade, já estava muito doente antes do Jorge morrer. A gente levou um susto muito grande quando o Jorge morreu, a gente não esperava porque ele estava bem, já quase 100% recuperado 100% recuperado do AVC que ele tinha tido”, contou Carol.

A atriz ressaltou que a sequência de perdas é atenuada pela crença espitirual partilhada no lar pela matriarca.

“Somos uma família espírita, crescemos na umbanda por causa da minha avó, então tem um entendimento maior disso tudo. Eu acredito que são almas que estavam aqui em uma mesma missão e continuam essa missão.”

Foi Jorge Fernando quem estimulou a mãe a se tornar atriz. Professora de corte e costura, Hilda entrou no curso do Teatro Tablado – um dos mais tradicionais do Rio – aos 62 anos após insistência do filho.

Seis anos depois, Hilda fez sua estreia na peça “Uma historia de boto vermelho” – o que lhe rendeu, em 1994, uma entrada no Guinness, o Livro dos Recordes, como a mais idosa a estrear em palcos.

Na TV Globo, seu primeiro trabalho foi em 1989, na novela “Que Rei Sou Eu?”, como Ama Zefa. O mais recente foi em 2016, em “Haja Coração”.

Também foi a avó do Menino Maluquinho na versão para o cinema, em 1994.

Hilda foi parceira do filho em diferentes produções e soma mais de 30 anos de atuação. Mas sua carreira nos palcos e atrás das câmeras começou tarde.

Via: G1