Jornal Povo

‘Se preciso, vamos agir’, diz Augusto Heleno sobre impacto da crise EUA-Irã nos preços dos combustíveis

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, disse ao blog que o governo não é irresponsável e, se for preciso, irá tomar providências emergenciais para amortecer eventuais impactos no mercado brasileiro que possam ser causados pelo acirramento da crise entre Estados Unidos e Irã. Por enquanto, porém, ele disse que a avaliação do governo não indica essa necessidade.

“Não somos irresponsáveis, se for preciso vamos agir e tomar medidas emergenciais”, afirmou o ministro Augusto Heleno ao blog depois de participar de reunião com o presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, porém, a avaliação do momento é que não há necessidade de se adotar esse tipo de providência.

Questionado sobre que tipos de medidas estão em estudo, o ministro do GSI afirmou que não poderia antecipá-las, porque são temas sigilosos e que só devem ser divulgados no caso de a crise piorar e o governo decidir adotá-las. “O que está decidido, pelo presidente da República, é que não haverá interferência na política de preços da Petrobras”, afirmou ao comentar as medidas que estariam em estudo.

Augusto Heleno disse que “medidas emergenciais” seriam necessárias no caso de uma disparada do preço do barril do petróleo, para casa de US$ 80 ou US$ 90. Esse, porém, não é o cenário com o qual o governo trabalha neste momento. Segundo assessores da equipe econômica, a expectativa, neste momento, é que o preço gire em torno de US$ 70.

Na área técnica, uma das medidas em estudo num cenário extremo seria a adoção de um subsídio temporário e emergencial para evitar que os reajustes da Petrobras sejam totalmente repassados ao consumidor. Na mesma linha do que foi feito durante o governo do ex-presidente Michel Temer, quando foi adotado um subsídio para o diesel na busca de acabar com a greve dos caminhoneiros.

Não há, porém, nenhuma decisão nesse sentido. Por sinal, a atual equipe econômica é contra a adoção de subsídios, mas assessores do governo destacam que, nesse caso, seria num caráter emergencial e também temporário, para evitar que um acirramento da crise no Oriente Médio atinja seriamente a economia brasileira.

Via: G1