Bruno Ferreira Correia, acusado do feminicídio da estudante da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Luiza Nascimento Braga, de 26 anos, vai a júri popular. A decisão é do juiz Daniel Werneck Cotta, da 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ). A data do julgamento ainda não foi definida.
Na decisão, o magistrado ressalta as provas colhidas durante as investigações, o laudo pericial com a causa da morte e os depoimentos da testemunhas para destacar que o crime foi cometido por motivo torpe e sem possibilidade de defesa da vítima, motivado por ciúmes da namorada, o que deve ser analisado pelo corpo de jurados. Na mesma sentença, o juiz manteve a prisão preventiva de Bruno. Foragido, ele foi preso mais de um mês após o crime.
Luiza Braga parou de se comunicar com a família numa terça-feira, dia 18 de junho, e seu corpo foi encontrado pelos pais no sábado seguinte, dia 22. O pai, Luiz Antonio Pereira Braga, recebeu uma mensagem da filha, que desconfiou não ser dela. Após não conseguirem mais contato, os pais então decidiram ir até a casa do suspeito. “Quando nós fomos no sábado, pedimos a chave, e encontramos o corpo dela todo roxo, desfalecido”, disse na época, emocionado.
“O crime foi cometido com emprego de meio cruel, considerando os traços de violência física encontrados no corpo da vítima e a causa da morte apontada como hemorragia externa, decorrente de lesão dos grandes vasos do pescoço, provocados por ação pérfuro-cortante, o que provocou intenso sofrimento físico à vítima (sic)”, diz o Ministério Público na denúncia à Justiça.
Luiza foi descrita por amigos em relatos nas redes sociais como uma jovem combativa e que lutava pelo direitos das mulheres. Entidades da Uerj chegaram a se pronunciar após a confirmação da morte da jovem.
A universitária chegou a postar uma mensagem sobre relacionamento abusivo antes de sua morte. A postagem em sua rede social aconteceu dia 11 de junho, possivelmente uma semana antes de sua morte.
Via: O Dia