Jornal Povo

Bebê é declarado morto por hospital, mas é encontrado chorando por agente funerário

Um bebê de 48 dias foi declarado morto pelo hospital Unimed enquanto ainda estava vivo. O atestado de óbito declara que Theo Schoenacher Sant’anna morreu por causa de broncoaspiração às 16h30 do último domingo (12), em Foz do Iguaçu, na região oeste do Paraná.

No entanto, o agente funerário, responsável por recolher o corpo, encontrou a criança chorando, cinco horas depois, no necrotério do hospital. A funerária avisou a bisavó de Theo, que informou os pais da criança.

“A gente não acreditou. Achei que era um erro, que era o prontuário de outro bebê, mas quando chegamos na Unimed realmente vimos que era o nosso filho. Eles tinham trocado o plantão e os médicos tinham entubado e estavam tentando o aquecer porque estava muito frio”, disse a mãe de Theo, Gabriela Schoenacher Moraes.

A família decidiu transferir Theo para o Hospital Ministro Costa Cavalcanti, onde foi internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Segundo o próprio hospital particular, Theo deu entrada às 22h48 após ser levado pelo SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência).

Contudo, Theo morreu na manhã de segunda-feira (13) após sofrer duas paradas cardíacas.

“Diante do grave quadro clínico em que o paciente se encontrava quando foi admitido, a equipe tomou todas as medidas cabíveis para salvar a vida do bebê, porém, às 10h54 de hoje, o bebê foi à óbito”, informou a Fundação de Saúde Itaiguapy, responsável por administrar o Hospital Ministro Costa Cavalcanti.

O corpo de Theo foi encaminhado ao IML de Foz do Iguaçu, que é o encarregado por realizar os exames que vão identificar as causas da morte. Ele tinha 53 centímetros de altura e 3,1 quilos.

Segundo Gabriela, Theo foi levado para o hospital Unimed por sentir desconforto abdominal e refluxo após ingerir uma fórmula à base de leite em pó, receitada pelo pediatra para ajudar a ganhar peso.

“Ele estava tomando soro no meu colo e de repente começou a chorar muito de dor e apagou no meu colo, parou de respirar”, relata Gabriela sobre o momento crítico.

Depois disso, a equipe médica tentou fazer a reanimação de Theo por 40 minutos, mas acabou declarando a morte do bebê.

Gabriela e Moisés Sant’anna Leitão, pai de Theo, foram à delegacia da PCPR (Polícia Civil do Paraná) para registrar o boletim de ocorrência, o que deu início a investigação do caso.

Em nota, a polícia informou que visa “apurar as circunstância da causa morte do recém nascido, e que todas as medidas cabíveis já estão sendo tomadas”. Além disso, declarou que nenhuma entrevista será dada “neste primeiro momento”.

Com a repercussão do caso, a Unimed Foz do Iguaçu divulgou uma nota em suas redes sociais afirmando a situação é “inédita” na história da cooperativa.

A empresa diz que está reunindo todos os esforços para “esclarecimento dos fatos” e para que não haja nenhuma “conclusão precipitada” ou “julgamentos indevidos” sobre os profissionais que atuaram no caso.

Além disso, informou que as conclusões serão noticiadas e está disposta a prestar “todo o apoio a seu alcance” à família. Por fim, ainda ressalta que se coloca à disposição dos órgãos competentes para que os fatos sejam elucidados.

Via: Paraná Portal

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