Jornal Povo

Jovens agredidos em bar na Pedra do Sal, no Rio, afirmam que foram alvo de racismo e LGBTfobia

A Polícia Civil investiga as denúncias de cinco jovens agredidos por seguranças e pelo dono de um bar na Pedra do Sal, no Centro do Rio, próximo a uma das rodas de samba mais famosas da cidade, no último sábado (11).

Uma das vítimas, a estudante Andrea Bak, afirma que a confusão teve início após uma das jovens do grupo ser impedida de usar o banheiro social do estabelecimento.

A estudante conta que, após tentarem entender o motivo do impedimento, os amigos foram agredidos com barras de ferro, socos e garrafadas pelos seguranças e pelo dono do bar.

“Começou com um simples pedido. A minha amiga ia entrar no banheiro e ela não conseguiu. E aí, eu e meus amigos fomos entender e pedir, quando, de uma forma totalmente violenta, o segurança, de forma totalmente truculenta, já levantou e proferiu umas palavras gritando. Foi aí que ele me deu esse primeiro soco no olho. Logo em seguida, o dono do bar nos agrediu em seguida, e ai terminou em uma confusão totalmente generalizada com meus cinco amigos, incluindo eu, sendo espancados por mais de 10 pessoas, incluindo o dono do bar esses seguranças”, conta Andrea.

Com advogados, os jovens estiveram na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, no Centro. “A gente viu que tem indício de racismo e LGBTfobia na ação dessa agressão contra eles”, afirma Rodrigo Mondego, que representa um dos jovens agredidos.

O advogado do dono do bar, Albino Pereira, no entanto, aponta uma versão diferente das apresentadas pelo grupo.

“É completamente infundada essa acusação. O que houve, eu acho que foi um excesso, de certa forma, um mal entendido, entendeu? Que acabou se tornando a briga generalizada. Mas, em momento algum, o acesso foi impedido pela cor da pele”, explica Albino.

Via: G1