O Psol protocolou nesta quinta-feira uma ação popular na Justiça do Distrito Federal pedindo a revogação da nomeação do chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Fabio Wajngarten, e do secretário-adjunto da Secom, Samy Liberman, por manterem contratos com empresas que recebem recursos do governo.
O partido solicita ainda a revogação de todos os atos assinados pelo secretário, nomeado em abril pelo presidente Jair Bolsonaro.
O jornal “Folha de S. Paulo” revelou que Wajngarten é sócio majoritário (tem 95% das ações) da empresa FW Comunicação e Marketing, que recebe dinheiro de emissoras e agências que, por sua vez, mantêm contratos de prestação de serviços com o governo Bolsonaro que são assinados pelo próprio secretário. Os outros 5% das ações são da mãe de Wajngarten.
Já Liberman, “número dois” da Secom, assumiu a administração da empresa FW após o secretário se afastar para atuar como secretário.
Na ação, o presidente do Psol, Juliano Medeiros, e líder da sigla na Câmara, deputado Ivan Valente (SP), argumentam que essa situação afronta a Lei de Conflito de Interesses, que diz que integrantes da cúpula do governo são proibidos de manter negócios com pessoas físicas ou jurídicas que possam ser afetadas por suas decisões.
Wajngarten negou que sua conduta seja irregular, disse que os contratos são anteriores a sua nomeação e que não há conflito de interesses. Bolsonaro disse que manterá o secretário.
Via: Valor Econômico