Jornal Povo

Moradores da Rocinha e do Vidigal reclamam de atraso em obras de contenção

Nas comunidades da Rocinha e do Vidigal, na Zona Sul do Rio, os moradores estão preocupados com a chuva. Eles afirmam que as obras de contenção que começaram depois do temporal de fevereiro do ano passado, ainda não acabaram.

“Quem tá em área de risco sai, vai para algum lugar e ora para não acontecer nada”, destacou a moradora Márcia Simões.

Quase um ano após os temporais que causaram deslizamentos no Vidigal, a população ainda espera por obras de contenção de encostas que possam minimizar os riscos para famílias que vivem na área.

“O que seriam necessárias são obras de contenção de encostas efetivamente. Obras que evitem que a encosta sofra novos deslizamentos e de modo a trazer mais segurança à população, afirmou Carlos Eduardo Balduíno.

A Prefeitura do Rio afirmou que as vítimas da chuva no Vidigal foram cadastradas no aluguel social e que as obras emergenciais onde havia risco de acidente geológico, tanto na Rocinha quanto no Vidigal, já foram concluídas.

A prefeitura disse ainda que, depois disso, abriu uma licitação para fazer obras mais amplas, de drenagem e barreiras de impacto. A prefeitura disse que pediu que os moradores destas regiões não façam qualquer tipo de serviço ou obra e respeitem os locais interditados.

Liberdade Moura, que mora na região onde pedras gigantes desceram a encosta, conta que a situação pouco mudou.

“O que mudou foi feito pelos moradores, que foi a limpeza das casas, retirar os entulhos. Muitas casas já foram invadidas, tem morador sem casa porque invadiram”, destacou Liberdade.

Érica Pereira, que teve a casa condenada pela Defesa Civil, conta que falta estrutura para os moradores.

“Não vieram dar proposta nenhuma para a gente, nem de indenização, nem de estrutura para todos os moradores. Nossas casas foram saqueadas e a gente tem que estar indo lá sempre dar uma revisada”, ressaltou.

Na Rocinha, as reclamações dos moradores são semelhantes.

“Não tem obra pronta, deixaram tudo pela metade só colocaram umas tábuas lá no barranco e a água está entrando por baixo e as nossas casas estão lá embaixo, precisando da prefeitura, de atenção e a gente não tem nenhuma”, contou uma moradora.

Via: G1