Jornal Povo

Presidente e dois funcionários da Cedae depõem sobre condições da água do RJ

O presidente da Cedae, Hélio Cabral, e outros dois funcionários da Cedae estão sendo ouvidos na tarde desta terça-feira (21), na Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados, na Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte do Rio, como parte das investigações sobre a situação da água no Rio de Janeiro.

O dirigente chegou por volta das 14h30 à Cidade da Polícia. Segundo a assessoria de imprensa da Cedae, a companhia pediu que houvesse a investigação, e o presidente se colocou à disposição para prestar esclarecimentos. A delegada, então, convocou Hélio Cabral para prestar depoimento.

Os outros dois funcionários chegaram mais cedo para serem ouvidos e não tiveram os nomes divulgados. Eles foram à polícia acompanhados por advogados e ficaram no local entre 10h30 e 14h40, mas não deram declarações aos jornalistas.

A delegada Josy Lima, responsável pela investigação disse que a sabotagem é uma das linhas de investigação, mas outras possibilidades estão sendo apuradas. A Polícia Civil disse que as investigações estão em andamento e sob sigilo.

“Estamos apurando o que acarretou essa qualidade da água, se foi decorrente da natureza, causas naturais, ou se houve causa humana. A sabotagem é uma das linhas de investigação. Mas não podemos falar sobre isso, para não atrapalhar as investigações”, disse

Na semana passada, outros quatro funcionários da Cedae foram ouvidos, mas o teor de seus depoimentos também não foi revelado pela polícia.

Na quinta-feira (16), policiais da delegacia especializada fizeram uma inspeção na Estação de Tratamento do Guandu. Durante o procedimento, peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli coletaram amostras da água para uma análise laboratorial.

Na última sexta-feira (17), os funcionários Pedro Ortolano, Júlio César Antunes, respectivamente atual e ex-gerente da Estação do Guandu, chegaram por volta das 10h e saíram às 15h, sem falar com a imprensa.

“Ainda não há conclusões em relação a erros, negligência ou omissão”, disse a delegada.

Ela confirmou que está aguardando o laudo pericial para dar uma resposta à sociedade. A delegada também negou que a investigação tenha sido um pedido do governador do RJ, Wilson Witzel (PSC).

“Nasceu da mídia, quando disse que poderia ser uma sabotagem. Realmente, é uma das linhas da investigação. Não podemos descartar nada por enquanto, é bem precoce”, disse a delegada.

Na sexta-feira (17), o Ministério Público do Rio entrou com uma petição de cumprimento de sentença para que a Cedae dê publicidade a mais de 70 laudos sobre a qualidade da água para que a população tenha acesso a essa informação.

Via: G1