Jornal Povo

Imagens mostram carvão ativado misturado na água do Guandu

A Cedae começou a usar nesta quinta-feira (23) o carvão ativado na Estação de Tratamento de Guandu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O Globocop fez imagens, às 8h, quando as partículas entraram no sistema.

A companhia ainda não disse quando o odor e sabor da água vão melhorar, mas na quarta-feira (22) o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afirmou que a situação da água fornecida pela Cedae será resolvida dentro de, no máximo, uma semana. Nesta quinta, o governador faz uma visita técnica em Guandu.

Segundo Paulo Canedo, professor da Coppe/UFRJ, o carvão ativado vai minimizar o problema na água.

“Tal qual o leito de carvão ativado que temos nos nossos filtros residenciais, que tiram o sabor da água, inclusive o sabor do cloro que a água normalmente tem. Então, o carvão ativado tem a característica de retirar o cheiro e o sabor da água que, aqui no caso, vai retirar o cheiro e o sabor da geosmina”, explica o professor.

Paulo Canedo esclarece, ainda, como funciona o sistema de pulverização: “Antigamente, o carvão ativado, o antracito, quando havia um leito de antracito, esse carvão estava lá nos filtros. Então a água passava não apenas pela caixa de areia para ser filtrada, mas também por uma camada de carvão ativado. Hoje, está sendo colocado no início do processo, mas a lógica é a mesma. A mistura da água com o carvão retira o sabor e o odor da geosmina. E ela passa a ser insípida e inodora”.

A montagem do equipamento e os testes elétricos e mecânicos no sistema de aplicação de carvão ativado foram concluídos.

Desde o início de janeiro, moradores de dezenas de bairros do Rio e de pelo menos seis municípios da Baixada Fluminense começaram a reclamar da qualidade da água da Cedae que recebiam em casa.

Segundo a Cedae, o que deixou a água com cor turva e sabor e cheiro estranhos foi a geosmina, uma substância produzida por algas. Mas de acordo com a companhia, o consumo não oferece risco à saúde.

O método de uso do carvão ativado é utilizado por outros estados brasileiros (São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul, por exemplo), onde o problema com a geosmina é mais recorrente.

O carvão ativado é feito a partir de madeira, que é colocada em alta temperatura e alta pressão. Com isso, a madeira libera elementos químicos que interagem com a geosmina e a retêm, segundo o Conselho Regional de Química.

A geosmina é um composto orgânico, formado por carbono, hidrogênio e oxigênio, e é resultado da presença de cianobactérias na água. Essas bactérias se alimentam de matéria orgânica, como algas ou coliformes fecais, e esse metabolismo gera a geosmina.

Segundo Rafael Almada, presidente do Conselho Regional de Química, alguns estudos dizem que a geosmina não tem impacto na saúde de quem a consome, mas esses estudos ainda precisam ser ampliados para dar segurança sobre essa toxicidade.

Via: G1


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