Jornal Povo

Witzel afirma que Cedae é ‘herança maldita’

O governador do Rio, Wilson Witzel, disse, nesta terça-feira (28), que a Cedae é uma “herança maldita” e voltou a afirmar que só o leilão da companhia pode trazer os investimentos necessários para modernizar o sistema. A afirmação foi feita durante inauguração da 22ª unidade do programa Segurança Presente, em Madureira, na Zona Norte do Rio.

“A Cedae é uma herança maldita. Nós sabíamos que a Cedae precisa de muito investimento. Já determinei o investimento para a modernização das estações. Nós precisamos fazer o que eu já anunciei: a universalização do saneamento, que precisa investir R$ 30 bilhões, e só o leilão pode trazer esse recurso”, afirmou Witzel, citando que o leilão deve acontecer no final do ano.

O governador disse ainda que vai conversar com o Ministério Público e a Cedae sobre a eventual reparação de danos pelos problemas na água do Rio desde o início do ano.

“O Ministério Público tem uma reunião comigo hoje para a gente poder conversar com o conselho da Cedae sobre eventuais danos que tenham que ser reparados à população. Falha no serviço houve. Embora a água não tenha sido totalmente impossibilitada de ser consumida, ela foi consumida. Se tivesse fechado a torneira, ninguém pagaria conta de nada. Isso vai ser precificado, isso tudo é questão de mercado, questão de lei”, disse o governador.

Witzel abriu o evento de lançamento do Segurança Presente lamentando a bala perdida que atingiu o menino Arthur Gonçalves Monteiro, de 5 anos. Ele foi baleado na cabeça no Morro São João, e está em estado grave no Hospital Getúlio Vargas, na Penha.

O governador disse que há uma “peneira” no combate à entrada de fuzis nas fronteiras do país, mas em seguida isentou o presidente, Jair Bolsonaro, e o ministro da Justiça e Segurança Pública de qualquer responsabilidade.

Polêmica com Mourão

Em seguida, citou o episódio em que divulgou uma ligação entre ele e o presidente em exercício, o governador Hamilton Mourão. O episódio virou polêmica na última semana, quando Witzel aparecia pedindo ajuda para os atingidos pelas chuvas e enchentes na interior do estado do Rio. Mourão e o presidente, Jair Bolsonaro, criticaram a gravação da ligação.

“Eu quis mostrar o quanto o presidente Mourão estava nos ajudando. Em nenhum momento da minha vida eu divulguei telefonema privado. Eu sou uma pessoa de sentimento, achei que as pessoas ficariam mais confortáveis que há uma união com o presidente da República, com o vice-presidente”, justificou-se,

“Se o presidente Bolsonaro, vice-presidente Mourão ficou de alguma forma entristecido pelo que aconteceu, eu sou uma pessoa humilde: peço desculpas. Sou uma pessoa de sentimento, estava pedindo água para o senhor e o senhor me ajudou”, disse o governador Witzel, antes de deixar a quadra do Império Serrano, onde aconteceu o lançamento do programa Segurança Presente.

Via: G1

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