Jornal Povo

Cedae interrompe produção de Guandu ao detectar detergente em manancial e pede que população economize água

Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) comunicou na noite desta segunda-feira (3) que foi interrompido o funcionamento da Estação de Tratamento de Guandu.

A empresa explicou que, no fim da tarde, “por meio de análise laboratorial” foi identificada “a presença de surfactantes (detergentes) na água bruta que chega à estação de tratamento”.

Em nota, a companhia também pediu que os “clientes usem água de forma equilibrada e adiem tarefas que exijam grande consumo”. De acordo com a Cedae, o abastecimento será retomado assim que o problema for solucionado.

“Para garantir a segurança hídrica das regiões atendidas pelo sistema Guandu, a diretoria de Saneamento e Grande Produção da Cedae decidiu fechar as comportas da entrada do canal principal da estação”, acrescentou a companhia.

De acordo com a empresa, “o material foi arrastado pelas fortes chuvas registradas na Região Metropolitana do Rio desde a noite de domingo (2)”.

Também segundo a empresa, técnicos da Companhia vão monitorar a captação de água “até que a concentração destas substâncias não represente risco à operação da estação”.

Estação de Tratamento Guandu — Foto: Divulgação/Cedae

Estação de Tratamento Guandu — Foto: Divulgação/Cedae

A Cedae informou ter comunicado a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

A interrupção do abastecimento ocorre a duas semanas do carnaval 2020, quando segundo projeções da Prefeitura do Rio a cidade deverá receber 1,9 milhão de visitantes – 20% a mais de turistas do que o registrado no ano passado, quando chegaram para a folia 1,6 milhão de pessoas.

Geosmina

Desde o início do ano, a população da Região Metropolitana do Rio tem se queixado da qualidade da água fornecida pela Cedae. Cheiro, gosto e turbidez do líquido são algumas das reclamações frequentes dos moradores de 170 bairros e várias regiões.

A Cedae atribuiu o problema a uma substância chamada geosmina, que segundo a empresa provocou as mudanças na água. A geosmina, disse a empresa, é uma substância orgânica produzida por algas e não representa nenhum risco à saúde dos consumidores.

Via: G1