Jornal Povo

Moradores da Taquara dizem que frigorífico lança esgoto em rio, que chega a ficar avermelhado

Moradores da Taquara, na Zona Oeste do Rio, denunciaram nesta sexta-feira (7), ao RJ1, o despejo de esgoto feito por um frigorífico da região. Segundo eles, todos os dias, o rio chega até a mudar de cor e fica vermelho de tanto resíduo jogado na água.

Os moradores acham que vermelho na água é causado pelo sangue que sairia da fábrica de embutidos da Rica, na Estrada do Teixeiras, na Boiúna. O resto da produção seria lançado diretamente em um córrego.

Frigorífico diz tratar água descartada

A Rica nega ser responsável pelo descarte. Disse que trabalha com carnes que chegam congeladas e que não fazem abate de animais no local. A rica também afirmou que a água usada na higienização das instalações passa por uma estação de tratamento antes de ser descartada.

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) disse que vai enviar uma equipe ao local.

Problema antigo, dizem moradores

“Olha a cor que o rio fica. Isso é sangue da galinha lá da Rica do Teixeira. Isso é uma vergonha, nossa água potável, aí vem esse sangue de galinha aí. Todo dia é isso aí”, diz uma moradora.

“Era pra eles tratarem essa água, mas eles não tratam, né? Esses restos de embutidos, essas coisas, era pra ser tratado e depois jogado aqui”, acrescenta.

Os moradores dizem que todos os dias, por volta das 17h, acontece o despejo de esgoto. Além da cor, eles reclamam que o cheiro fica muito forte.

“Você sente dor de cabeça, você sente mal estar porque o cheiro é muito forte. É um cheiro muito insuportável”, reclama moradora.

Segundo eles, o problema é antigo. “É super sujo, fedorento que invade a sua casa… O cheiro é insuportável. Você parece que está dentro do chiqueiro. E isso há muitos anos. Eu criei meus filhos aqui, estou criando minhas netas e o cheiro continua a mesma coisa”, diz moradora.

Bruna Prado, líder comunitária comunidade dos Teixeiras, diz que a empresa já foi procurada.

“Já fomos na Rica, já fizemos abaixo assinado, já denunciaram ao meio ambiente e nada foi feito até hoje.”

Via: G1