A prefeitura do Rio começou, nesta quarta-feira (12), a demolição de um condomínio irregular que estava sendo construído em uma área de preservação ambiental na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, na Zona Sul do Rio.
A Prefeitura disse que já sabia da construção há mais de dois meses e o secretário de habitação, Sebastião Bruno, avaliou a ação como rápida. A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente diz que só foi notificada pelo município na semana passada.
Uma operação policial no início da manhã cercou os acessos à comunidade. Às 7h30, equipes da Prefeitura chegaram ao local com as máquinas de demolição.
Em estágio avançado, a obra já avançava em parte da Mata Atlântica e destruía uma área de proteção ambiental. A construção não tinha licença da Prefeitura e, segundo a TV Globo, os responsáveis pagaram uma “taxa” ao tráfico de drogas para erguer o prédio.
Não há informação de quantos compradores gastaram os R$ 170 mil cobrados por cada apartamento. Cada unidade teria 67 metros quadrados, com vista para bairros como Copacabana, Urca e Flamengo.
A entrega era prevista para abril de 2020 e prometia um condomínio com:
- piscina com borda infinita;
- sauna;
- área para crianças;
- academia.
‘Falta de fiscalização’, diz especialista
O arquiteto Pedro da Luz Moreira, especialista da Universidade Federal Fluminense (UFF), viu as imagens do Globocop. Além da falta de autorização, o prédio tem mais uma irregularidade: está acima do gabarito.
“(O condomínio) Vai ter um impacto muito grande na paisagem geral da cidade e, certamente, não é um empreendimento aprovado. Isso denota toda essa falta de fiscalização e falta de acompanhamento e de poder público nessas comunidades”, diz o arquiteto.
Via: G1