Quase um milhão de pessoas se divertiram no pré-carnaval no Rio no último fim de semana antes do carnaval, segundo a Riotur. O número (921.950 mil pessoas) é quase o dobro do mesmo período do ano passado, quando 500 mil pessoas se divertiram no carnaval de rua.
Um dos mais cheios, o Bloco da Preta, fez uma homenagem às mulheres e levou 320 mil pessoas ao Centro do Rio na manhã de domingo (16). Este ano, a cantora Preta Gil abriu o desfile no chão, com a regravação da marchinha de carnaval Ô Abre alas, de Chiquinha Gonzaga.
“Ô Abre alas que eu quero passar, ô Abre alas que eu quero passar, quem disse que eu não estou no meu lugar, quem disse que eu tenho que agradar”, cantou Preta.
Com uma fantasia que representa a ancestralidade e os orixás, a cantora usou uma roupa toda feita de crochê.
Também no Centro, o Fogo e Paixão animou 45 mil pessoas no Largo de São Francisco. Já o Suvaco do Cristo arrastou outras 35 mil pessoas por ruas do Jardim Botânico, na Zona Sul, e o bloco infantil Gigantes da Lira agitou um público de 4 mil pessoas por ruas de Laranjeiras, também na Zona Sul da cidade.
Banda da Barra, Empolga às 9 e Escravos da Mauá puxaram a lista dos blocos de pré-carnaval carioca na tarde e noite de domingo.
A tradicional Banda da Barra fez o seu 35º desfile e levou 30 mil pessoas para as ruas da Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
O Empolga fez um desfile parado na Praia de Ipanema, com a participação do Afroreggae, que agitou 7 mil pessoas, segundo a Riotur.
A partir das 18h, o Escravos animaram 9 mil foliões na Gamboa. O tradicional bloco do Largo de São Francisco da Prainha desfilou com o tema “Samba da Alegria Resistente”.
A tarde de domingo teve ainda atrações como o Pipoca e Guaraná, na Praça Xavier de Brito, na Tijuca, Zona Norte.
Também teve ensaio da Orquestra Voadora na Quinta da Boa Vista. O bloco desfila no dia 25 no Aterro do Flamengo.
No sábado (15), Céu na Terra, em Santa Teresa, e Chora Me Liga, no Centro, arrastaram 120 mil foliões pelas ruas da cidade.
Já o Simpatia é Quase Amor fez um desfile crítico na Praia de Ipanema, na Zona Sul. O bloco criou a marchinha “Não põe hora no meu bloco” aproveitando a polêmica sobre a mudança do horário do desfile proposto pela prefeitura este ano.
As fantasias, tanto as prontas, como as inventadas, fizeram referências aos problemas com a água. A Letra do Suvaco do Cristo e do Xupa Mas Não Baba fizeram sátira ao assunto.
O Imprensa que eu Gamo, que desfilou no dia 8 de fevereiro, também abordou os problemas com a água ao dizer que o “povo vai tomando no Guandu”.
Confira o público em alguns dos principais blocos do Rio:
- Simpatia É Quase Amor – 150 mil
- Chora Me Liga – 110 mil
- Chá da Alice – 35 mil
- Bloco Brasil – 11 mil
- Céu Na Terra – 9 mil
- Bloco da Preta – 320 mil
- Fogo e Paixão – 45 mil
- Suvaco de Cristo – 35 mil
- Banda da Barra – 30 mil
- Cordão do Boitatá – 18 mil
- Escravos da Mauá – 9 mil
- Se Não Quiser Me Dar, Me Empresta – 7 mil
- Empolga às 9 – 7 mil
- Gigantes da Lira – 4 mil
Saúde fez 53 atendimentos nos blocos de rua
Até as 14h de domingo (16), os quatro postos médicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) fizeram 53 atendimentos nos circuitos onde houve desfile de blocos.
Sete pacientes precisaram ser transferidos para hospitais da rede municipal.
Os postos funcionaram em Ipanema, no Centro (Largo da Carioca e Praça Ana Amélia) e em Copacabana (Praça do Lido). Eles contam com estrutura para atender as emergências e solucionar a maioria dos casos, evitando que os pacientes precisem ser levadas a hospitais.
Nas demais regiões, onde a concentração de pessoas é menor, a Riotur tem planejamento específico com mais quatros postos da Dream Factory.
Fonte: G1