O juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, não tinha ao seu redor no culto evangélico do sábado passado, na cidade, apenas pessoas que não têm ligação com os inquéritos sob sua alçada.
Marcelo Crivella, que se abraçou com Jair Bolsonaro, quando todos dançavam, foi citado por dois delatores da operação: o ex-braço-direito de Eike Batista Flávio Godinho e o empresário de ônibus Lélis Teixeira.
Felipe Santa Cruz, presidente da OAB, reclamou sobre a presença de Bretas no evento ao presidente do CNJ, Dias Toffoli, e ao PGR Augusto Aras.
Criticou Santa Cruz:
“O juiz Bretas fala que sua independência como juiz não foi prejudicada, mas que imagem ele passa para a população, ao estar ao lado do prefeito, que foi citado em investigações sob sua alçada e que será candidato à reeleição, disputando contra um candidato que é investigado por ele. Qual é a imagem que fica disso?”, pergunta Santa Cruz, referindo-se a Eduardo Paes.
Bretas afirmou não saber que Crivella estaria na inauguração da alça da Ponte Rio-Niterói.
“Eu não sabia que o prefeito estaria no evento, e isso não constou da agenda que recebi do cerimonial”, afirmou.
A agenda do cerimonial não informava o nome de nenhum dos presentes.
Fonte: Revista Época