RIO — A taxa de desemprego no Brasil caiu no primeiro mês do ano, segundo dados da Pnad Contínua, divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE. O resultado do trimestre encerrado em janeiro foi de 11,2%, atingindo 11,9 milhões de pessoas. Houve queda de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em outubro, que serve como base de comparação para o dado atual.
Instituições financeiras ouvidas pela Bloomberg projetavam uma taxa de 11,3% para o trimestre encerrado em janeiro. Um ano antes, no trimestre encerrado no mesmo mês de 2019, a taxa havia ficado em 12%.
A taxa de informalidade atingiu 40,7% da população ocupada, representando um contingente de 38,3 milhões de trabalhadores informais. No trimestre encerrado em outubro de 2019, essa taxa havia sido de 41,2% e no mesmo trimestre do ano anterior, 40,6%.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) chegou a 33,7 milhões e cresceu em ambas as comparações: 1,5% (mais 504 mil pessoas) em relação ao trimestre terminado em outubro e 2,6% (mais 845 mil pessoas) contra o mesmo trimestre do ano anterior.
A categoria dos empregados sem carteira assinada no setor privado (11,7 milhões de pessoas) ficou estável em relação ao trimestre móvel anterior e cresceu 3,7% (ou mais 419 mil pessoas) comparada ao mesmo trimestre de 2019.
Rendimento médio é de R$ 2.361
O rendimento médio real (R$ 2.361) ficou estável em todas as comparações. Já a massa de rendimento real (R$ 217,4 bilhões) ficou estável frente ao trimestre anterior e cresceu 2,2% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.
A Pnad analisa tanto o mercado formal quanto o informal. Esta é a primeira estatística de emprego divulgada para 2020.
Na quinta, o Ministério da Economia anunciou o atraso na divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que monitora o mercado formal. O número só será conhecido na segunda quinzena de março. Tradicionalmente, os dados costumavam ser divulgados por volta do dia 20 no mês subsequente.
Os números por trás do desemprego
11,9 milhões de desempregados
São os brasileiros que buscaram uma vaga na semana da pesquisa do IBGE, mas não encontraram.
26,4 milhões de subutilizados
A conta considera os trabalhadores desempregados, subocupados e a força de trabalho potencial. A redução de 2,7% se comparado ao trimestre encerrado em outubro, e de 3,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.
6,6 milhões de subocupados por insuficiência de horas
Aqueles que trabalharam menos de 40 horas semanais e gostariam de ter uma jornada maior. A taxa ficou estável se comparado ao mesmo período do ano anterior
7,7 milhões na força potencial
Considera quem procurou uma vaga,mas,por algum motivo, como cuidado com um parente,não estava disponível para trabalhar; e quem não procurou,mas estava disponível, considerando os desalentados.
Fonte: O Globo