Responda rápido: qual a posição exata de Marcos Paulo? Desde que subiu aos profissionais, no começo de 2019, o jovem já jogou como meia, ponta-esquerda, segundo atacante e até de volante. A versatilidade que por um lado ajuda a promessa de Xerém a ter oportunidades, por outro às vezes dificulta que ele se firme no time titular.
Vindo de duas atuações discretas contra Flamengo e Unión La Calera jogando aberto pelo lado esquerdo, Marcos Paulo havia sido barrado para o jogo desta quarta-feira, contra o Moto Club, pela estreia na Copa do Brasil. Ele entrou no intervalo e aproveitou bem a nova chance: fez um belo gol, no qual invadiu a área, driblou dois marcadores e bateu cruzado, definindo a vitória por 4 a 2.
Destaque como camisa 9 nas categorias de base
Curiosamente, apesar de ter sido utilizado em diversas funções diferentes, ele ainda não atuou nos profissionais na posição onde mais se destacou na base do Flu: como centroavante. Foi atuando centralizado que o garoto começou a fazer muitos gols e chamar a atenção em Xerém, a ponto de ser considerado a principal aposta de sua geração.
Destacando-se no Sub-17, Marcos Paulo começou a ser chamado para seleções de base em 2018. Sem poder contar com o atacante com frequência em razão das convocações, o técnico do Sub-17 do Flu na época, Eduardo Oliveira, começou a escalar João Pedro na função. E o garoto, hoje no Watford, desandou a marcar um gol atrás do outro.
Para comportar as duas joias no time, MP passou a ser escalado para jogar pelos lados. Pela beirada, o hoje camisa 11 tricolor não chegou a repetir o mesmo rendimento de quando jogava de 9 na base. No fim daquele ano ele subiu para o Sub-20, onde teve rápida passagem, já que em 2019, tanto ele quanto JP foram promovidos aos profissionais.
Com Fernando Diniz no ano passado, Marcos Paulo começou a ter as primeiras oportunidades entrando no 2º tempo no meio de campo, no lugar do volante Bruno Silva, para ajudar na construção das jogadas e dar mais ofensividade ao setor de criação. Mas não conseguiu se firmar de cara.
No ataque, pouco tinha oportunidade. O setor, na época, era dominado por Luciano, Everaldo e Yony, e posteriormente por Pedro. Nesse meio tempo, viu o amigo João Pedro aproveitar bem as oportunidades e se firmar como centroavante após as saídas de Luciano e Pedro.
Melhor fase como segundo atacante
O jovem chegou a ter um período como titular atuando pelo lado de campo, com Diniz (fez seus primeiros dois gols como profissional sobre o Peñarol) e depois com Oswaldo. Se encontrou, porém, mais no fim da temporada, como um segundo atacante, no 4-4-2 montado por Marcão, em que Yony era mais o cara de área.
Voltou a ser titular e foi uma das peças mais importantes para livrar o time do rebaixamento, ao fazer quatro gols e dar passes importantes nos 11 jogos finais. Ao longo do ano, nas convocações para seleções de base de Portugal (tem dupla nacionalidade), ele atuava como centroavante, relembrando os tempos de Xerém. Inclusive, usando a camisa 9.
Lesão, perda de titularidade e reação rápida em 2020
Este ano, Marcos Paulo estava nos planos de Odair para ser titular para jogar pelo lado, enquanto Evanilson é visto como o centroavante do time. Mas a dupla se lesionou e só estreou ao entrar no 2º tempo contra o Unión La Calera, no Maracanã. Revezando entre o centro e o lado de ataque com Evanilson, MP deu o passe para o parceiro balançar as redes.
Atuando pelo lado esquerdo do ataque, foi bem contra o Botafogo, mas caiu de rendimento nos jogos seguintes, contra Flamengo pela semifinal do Carioca e contra o La Calera, no jogo que marcou a eliminação da Sul-Americana.
Marcos Paulo acabou sacado para o jogo contra o Moto Club para a entrada de Fernando Pacheco. Mas entrou no segundo tempo e fez seu primeiro gol no ano. Agora, vive a expectativa de voltar a ter uma chance como titular no domingo, contra o Madureira, pela abertura da Taça Rio.
Fonte: Globoesporte