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Odair alerta para gol sofrido no início e festeja goleada do Fluminense: “Vamos corrigindo ganhando”

Nem a goleada por 5 a 1 sobre o Madureira foi capaz de tirar a preocupação do técnico Odair Hellmann com o gol sofrido logo no início. O Fluminense já havia passado por situação parecida na Copa do Brasil, contra o Moto Club, quando também conseguiu a virada e a vitória por 4 a 2. É um fator a ser corrigido, mas ele também fez questão de comemorar o número de chances criadas e o número de gols marcados mais uma vez.

– Quando você toma um gol com 40 segundos como no outro jogo, e hoje com dois minutos? Nem teve jogo ainda, não dá para fazer análise, a coisa não se desenvolveu ainda. Precisa melhorar nesse sentido para nem tomar gols nem tão cedo. Estamos tomando poucos gols, só nove até agora. E se continuar fazendo, vamos corrigindo ganhando. Bola parada, algumas situações que a gente já evoluiu. Nino, segunda partida ainda, vamos evoluindo dentro do processo. Quando você toma gol tão rápido, e o adversário tem estratégia de ser defensivo e contra-atacar, ele fecha os espaços. Traz a linha de defesa mais para trás ainda e diminui os espaços. Tudo o que você tinha pensado sai do controle, depois você vai se ajustando – explicou Odair.

Odair, técnico do Fluminense — Foto: André Durão
Odair, técnico do Fluminense — Foto: André Durão

O treinador também falou sobre algumas estratégias do Fluminense no jogo contra o Madureira. Principalmente, sobre o atacante Marcos Paulo, que fez dois gols e deu passe para um de Evanilson.

– Marcos Paulo, testamos a movimentação por dentro, tem essa facilidade. Importante esses jogos para isso também, para oportunidades. Dei para outros jogadores do grupo também. A movimentação do Yago para o mesmo lado facilitou porque ficamos muito mais pesado para o lado esquerdo. A partir do momento em que abriu e deixou o Yago com amplitude para fazer uma infiltração, começamos a criar. No geral, a equipe comandou o jogo inteiro, mereceu o placar e poderia ter feito mais gols. Enaltecer o equilíbrio nesses primeiros jogos do ano, 24 gols, temos ajustes e vamos fazer para cada vez mais ficar mais fortes – comentou.

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Fluminense lento na saída de bola

Discordo em relação à transição, velocidade. O adversário que nos deu essa possibilidade, que foi o Botafogo, a gente teve. Contra um adversário que vai te atacar, você tem espaço para transição rápida. Contra bloco em 20 metros é difícil. Pega o jogo do La Calera, Moto Club e hoje, com bloco de 30 metros de compactação. Que transição vai ter? Vai ter infiltração. Por isso que talvez pareça que os volantes estejam lentos, o que não é verdade na minha modesta opinião.

Disputa interna dos volantes

A gente tem quatro volantes mais o André, menino muito promissor na base, e os meninos do sub-23. E estamos usando eles. Usamos Yuri e Hudson no início, depois com a lesão do Yuri, tivemos dificuldade de fazer a repetição. Confio muito em todos que estão no plantel, a gente vai visualizando e dando sequência ao que dá encaixe. Tivemos um encaixe contra o Botafogo com Henrique e Yuri e tentei dar sequência.

Acho que temos um esboço bem grande em termos coletivos bem definidos. Ainda precisamos de algumas coisa, e os campos, os jogos, vão fazendo que a gente ajuste e busque a vitoria sempre.

O Carioca é usado como teste pelo Fluminense?

Estamos jogando o Carioca para buscar o título. Dentro dessa primeira hipótese de busca de título, ser campeão, vamos construindo a equipe. É uma construção mesmo, são muitos jogadores diferentes do time titular do ano passado. Sempre falo, não é porque vencemos, procuro ter uma coerência. Coisas a construir vamos ter, mas temos muitas coisas boas. Estamos jogando no 4-4-2, com um meia de ligação, três atacantes e dois apoiadores. Precisa de ajuste para que os meio-campistas deem proteção.

Senão vamos defender só com três. Quando o confronto vem para uma força de disputa, como a gente já enfrentou em vários jogos, defender com três é um perigo grande porque nem todas as construções tuas terminam em gol. E tem risco grande de tomar. A ideia é ter dois meio-campistas que dão proteção maior com dois zagueiros. Estamos até liberando mais um meio-campista que fica por trás, time fica mais ofensivo. Estamos ajustando para dar esse equilíbrio.

Para jogadores de características ofensivas terem condição de fazer uma jogada, e não ficarmos muito expostos. Temos conseguido muitas coisas boas, mas vai melhorar bastante.

Fonte: Globoesporte