O prefeito Marcelo Crivella foi atingido por barro, na manhã desta segunda-feira (2), quando da início a uma entrevista com jornalistas em Realengo, na Zona Oeste do Rio.
Ele foi até o bairro, um dos mais atingidos pela chuva no Grande Rio entre a noite de sábado e a madrugada de domingo (1º), para verificar os estragos provocados pela temporal.
Três pessoas morreram na capital e outra em Mesquita, na Baixada Fluminense. Uma outra pessoa pessoa está desaparecida em Queimados, também na Baixada.
Pelas imagens do cinegrafista Fábio Neder, da TV Globo, é possível ver quando o barro atinge o ombro esquerdo do prefeito, mas não é possível ver quem jogou. Crivella, no entanto, não comentou o ocorrido e a entrevista prosseguiu.
O prefeito afirmou que a região onde pelo menos 14 carros ficaram submersos é de difícil acesso. Segundo Crivella, o principal problema não é a chuva em si, mas a quantidade de lixo jogada pela população nos rios e encostas.
“O importante hoje é que a prefeitura está agindo com todos os seus órgãos para tirar lixo e casas de caíram aqui [Realengo]. Mas o mais importante, se vocês querem ajudar a nossa cidade, é conscientizar a população de que não pode jogar lixo nas encostas, não pode jogar lixo nos bueiros, não pode deixar lixo na rua. Esse é o grande problema do Rio de Janeiro”, disse Crivella.
No domingo (1º), o prefeito comentou os estragos da chuva e disse que cariocas gostam de morar perto de áreas de risco porque gastam menos com ‘cocô e xixi’.
Além das mortes confirmadas, pelo menos 66 pessoas estão desalojadas, de acordo com o prefeito. “As pessoas que faleceram estão tendo suas famílias assistidas pela nossa secretária [de Assistência Social], Tia Ju”, disse Crivella.
Chuva acima do esperado
A chuva em Realengo, segundo a meteorologista Marlene Leal, do Inmet, foi acima do esperado para todo o mês de março.
Imagens gravadas por moradores mostraram o momento que a água da chuva invadiu uma casa no bairro.
Via: G1