Jornal Povo

Dólar sobe pela décima sessão seguida, e renova patamar de fechamento a R$ 4,51

O dólar subiu nesta terça-feira (3) pela décima sessão seguida, e renovou o patamar recorde de fechamento nominal (sem considerar a inflação), reagindo a medidas contra os efeitos do coronavírus na economia global. O mercado avaliou o corte extraordinário na taxa de juros dos Estados Unidos e uma declaração conjunta de bancos centrais e ministros do G7.

A moeda norte-americana foi vendida a R$ 4,5109, em alta de 0,56%. Na máxima do dia, chegou a R$ 4,5175 – novo recorde nominal durante os negócios; na mínima, a R$ 4,4535. 

Já o Ibovespa operava em queda nesta terça.

Em decisão extraordinária, o Banco Central dos Estados Unidos cortou em 0,5 ponto percentual a taxa de juros do país, estabelecida entre 1% e 1,25%, em resposta aos possíveis impactos do coronavírus na economia do país.

A redução dos juros aumentou a preocupação entre os investidores de que o impacto do coronavírus nas economias norte-americana e global pode ser maior que o temido, destacou a Reuters.

Mais cedo, ministros de finanças e presidentes de Bancos Centrais dos países do G7, emitiram um comunicado em que apontavam que usarão todas as ferramentas para alcançar um crescimento forte e sustentável e se proteger contra os riscos negativos do coronavírus em rápida expansão.

Na semana, a moeda acumula alta de 0,67%. No ano, já subiu 12,50%

Expectativas

Os investidores já a contavam com uma redução das taxas de juros pelo mundo, depois de dados mostrarem uma forte contração da atividade fabril chinesa em fevereiro.

Na véspera, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu a previsão de crescimento da economia mundial para 2020, passando a projetar um crescimento de 2,4%, menor expansão desde 2009 e ante expectativa anterior de 2,9%.

O avanço da epidemia do novo coronavírus pelo mundo tem provocado abalos nos mercados globais e elevado as preocupações de investidores e governos sobre o impacto da propagação do vírus nas cadeias globais de suprimentos, nos lucros das empresas e na desaceleração do crescimento da economia global.

Via: G1